Setembro 1938 – Acordos de Munique
O primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain e o Presidente do Conselho da França, Édouard Daladie, reúnem-se com Hitler e Mussolini a 30 de Setembro, em Munique, e em nome da ‘paz’, na ausência dos principais interessados, assinam o Acordo que obriga a Checoslováquia a entregar o território dos Sudetas à Alemanha nazi. O ‘arranjo’ para a destruição da Checoslováquia, proposto por Mussolini, foi antecedido de dois encontros de Chamberlain com Hitler, a 15 e a 22 de Setembro, com o britânico a desdobrar-se em gestos de apaziguamento do ditador nazi. No regresso a Londres, Chamberlain garante que o Führer “é um homem em quem se pode confiar quando empenha a sua palavra”, enquanto em França Daladie é recebido em delírio e os jornais saúdam em uníssono os Acordos com um louvor à paz. As forças nazis não perdem tempo: entram na Checoslováquia e anexam os Sudetas. Aproveitando a ocasião, a Hungria e a Polónia apossam-se por sua vez de partes da Checoslováquia. Com o que resta do país é criada a Boémia-Morávia, que vem a ser ocupada pelo exército alemão a 15 de Março de 1939. Depois de também ter anexado a Áustria sem disparar um tiro, Hitler entende a carta branca que lhe foi dada pela França e Inglaterra como um sinal para avançar. Depois foi a guerra.