E não o é porque a necessidade de partir, na busca de uma vida melhor que o País persiste em não oferecer, acaba por ser mais forte. Mesmo que seja grande a dor da partida por deixar para trás entes queridos e amigos.
Hoje, como ontem, tem sido esta a realidade. E aqui reside o principal factor explicativo para a diáspora portuguesa, um universo estimado de cerca de 5,5 milhões de compatriotas espalhados por todos os continentes. Lugares do mundo povoados pela saudade…
Num a Festa, a exemplo das edições anteriores, o espaço Emigração voltou a ser um concorrido ponto de encontro de actuais e ex emigrantes, espaço fraternal de convívio de quem nalgum momento da sua vida tomou a opção de partir perseguindo um futuro melhor.
Realidade da emigração portuguesa ao longo do último século, sobretudo nos anos de chumbo da ditadura fascista, no contexto de pobreza, da repressão e da guerra colonial, que esteve bem testemunhada em vários painéis que cobriam as paredes do Pavilhão.
Conhecimento das dificuldades e problemas dos emigrantes que nunca deixou de estar presentes na acção do PCP. Numa das faixas da decoração lia-se «Pelos caminhos do Mundo, a caminho de Abril», o que diz bem desse sentido transformador da intervenção dos comunistas na direcção do progresso e da justiça social.