Alegria, participação, confiança, dão a dimensão do notável êxito da 48.ª edição da Festa do Avante!. Política, cultura, desporto, gastronomia, convívio, a força de Abril, massiva e entusiástica presença juvenil, forte afirmação de paz e desolidariedade internacionalista, proposta, projecto e luta, assim se fizeram os três dias da mais bela festa que o Portugal democrático conhece.

Nunca é demais sublinhar o que a realização da Festa do Avante! significa enquanto resultado da força criadora dos membros do PCP e da JCP reforçada pela generosa ajuda do trabalho voluntário de muitos amigos do PCP, da JCP e da Festa.

É, pois, como o fez o Secretário-Geral do PCP no comício da Festa, de saudar essa imensa força colectiva dos que se empenharam para o êxito da Festa, os seus construtores, mas também os artistas, desportistas e todos os que garantiram a sua concepção, divulgação e funcionamento.

O que foi esta Festa, viu-se, em particular, no comício de domingo, seguramente o maior comício partidário realizado este ano no nosso País. Milhares e milhares de pessoas, comunistas e não comunistas, que ali estavam para conhecer a análise que o PCP faz da situação nacional e internacional; para ouvir a voz do Partido sobre a situação criada pela política de direita e os seus efeitos no agravamento dos problemas que os trabalhadores, o povo e o País enfrentam; para conhecer as soluções dos comunistas para os problemas; para ouvir a sua proposta de política alternativa, patriótica e de esquerda, capaz de imprimir um novo rumo político vinculado aos valores de Abril, para o País; para ouvir o Secretário-Geral do PCP saudar as delegações internacionais presentes na Festa e expressar a solidariedade internacionalista do PCP aos povos em luta pelos seus direitos e aspirações e, em particular, saudar o corajoso povo palestiniano e manifestar a sua solidariedade para com a sua luta libertadora.

E foi perante essa massa imensa e vibrante que o Secretário-Geral do PCP reafirmou que o Partido Comunista Português, protagonista e portador do mais belo ideal e objectivo que se pode colocar à juventude, aos trabalhadores e ao povo, a sociedade nova, o socialismo e o comunismo, cá estará para continuar a luta, sublinhando que «estamos com os que criam a riqueza, com quem trabalhou uma vida inteira, estamos com a juventude, os intelectuais, com as mulheres, estamos com os que procuram em Portugal uma vida melhor, estamos com os que trabalham a terra e com os que lançam as redes ao mar, estamos com os que trabalham por turnos, à noite e ao fim de semana; estamos com os pequenos empresários; com os que emigram, estamos com os direitos das crianças, com as pessoas com deficiência, estamos com os que limpam, com os que cuidam, com os que garantem o Serviço Nacional de Saúde, a educação, a segurança, a defesa, a justiça e todos os serviços, estamos com os que criam arte e cultura, com os que projectam e constroem, estamos com os que conduzem, com os que produzem, estamos com os que garantem que o País funciona, estamos com a classe operária e todos os trabalhadores, estamos com a maioria, é esta orgulhosamente a nossa opção.»

É neste clima de força e confiança de que a Festa do Avante foi expressão, que o PCP avança na preparação do seu XXII Congresso, essa grande jornada ao serviço dos trabalhadores, do povo e da juventude, a realizar nos dias 13, 14 e 15 de Dezembro, em Almada, para cuja preparação todos os membros do PCP estão convocados, na sequência da reunião do Comité Central que, a 21 e 22 de Setembro, debaterá e colocará à discussão as Teses/Projecto de Resolução Política. Processo de debate e decisão colectiva sem paralelo no nosso País.

Saímos desta Festa ainda mais animados para estimular a luta dos trabalhadores e do povo pela resolução dos problemas nacionais. Problemas que a política de direita conduzida pelo Governo PSD/CDS, com a cumplicidade ou apoio do PS, Chega e IL vai agravando e a que é urgente pôr fim.

Luta imprescindível pelo aumento geral e significativo dos salários, um aumento para todos os trabalhadores e a valorização das suas carreiras e profissões. Foi no âmbito deste objectivo central para a valorização do trabalho e dos trabalhadores, que o PCP lançou no comício da Festa a acção nacional «mais salários, mais reformas, para uma vida melhor» para colocar os salários no centro do debate político.

Uma luta também pelo aumento significativo das reformas e das pensões; pelo acesso à habitação; em defesa dos serviços públicos, pela salvação, defesa e reforço do SNS; em defesa da escola pública, onde, em vésperas da abertura do ano lectivo, faltam milhares de professores; em defesa da produção nacional e pela sua valorização; pelo direito à creche gratuita; em defesa da paz e do progresso social.

Porque como afirmou o Secretário-Geral, no comício da festa, «com determinação, com confiança, com a razão e a verdade do nosso lado, pelos valores de Abril no futuro de Portugal, pelo Socialismo e o Comunismo, a luta continua.»