CDU é projecto de ruptura ao serviço do povo, também nas autarquias
No domingo, 21, Paulo Raimundo participou na Festa/Convívio de Verão, realizada na Praia Fluvial de Merelim S. Paio, Braga, onde estiveram militantes do PCP e do PEV, assim como muitos amigos da CDU, tornando pequeno aquele belo espaço de lazer e recreio. O convívio e a camaradagem, os comes e bebes em formato de piquenique, a animação musical, o desporto, actividades para crianças e jogos tradicionais também marcaram presença.
«É com os trabalhadores e o povo que vamos andar para a frente»
O Secretário-Geral do PCP aproveitou o facto de estar numa freguesia de maioria CDU para afirmar um Partido «sem hesitações para todas as lutas e convergências», com «um projecto, uma força, um caminho, com provas dadas, desde logo no trabalho autárquico».
«Uma actuação e um percurso distinto de todos os outros, na defesa do Poder Local, na valorização dos trabalhadores, na relação com o movimento associativo, no combate às privatizações, na democratização do desporto e da cultura, na defesa da água como bem exclusivamente público e no ambiente», elencou.
A CDU é, também, «um espaço insubstituível de convergência de milhares e milhares de pessoas sem partido, em torno do trabalho, da honestidade e da competência, valores reconhecidos, que, a cada dia que passa, fazem ainda mais falta e que devem ser preservados e ampliados». «O caminho é ganhar cada vez mais gente para este projecto de ruptura ao serviço do povo, também nas autarquias», sublinhou Paulo Raimundo, apelando ao «contacto» e ao «esclarecimento» com «todos aqueles que têm a ganhar com a alternativa política», até porque «será com todos eles que a construiremos».
Desenvolvimento sustentado
Por seu lado, Filipe Gomes, do Conselho Nacional do Partido Ecologista «Os Verdes» (PEV), destacou o compromisso da CDU com o desenvolvimento sustentado e com a defesa do meio-ambiente. Naquela iniciativa, o dirigente do PEV observou que são muitas as praias interditas a banhos por apresentarem níveis de poluição prejudiciais para a saúde. Muitas são também aquelas cuja circundante se encontra degradada ao nível da natureza.
Este e outros problemas apresentam-se de norte a sul do País, sendo primordial que as questões da protecção e da conservação do ambiente sejam encaradas como transversais e projectadas de forma permanente no tempo e no espaço do território português, e não como uma área que fica à mercê da sensibilidade de cada Governo.
Defender a ferrovia
Antes, Vítor Rodrigues, vereador na Câmara Municipal de Braga, eleito nas listas da CDU, insistiu na defesa da ligação ferroviária entre Braga e Guimarães, na construção do hospital de Barcelos e requalificação dos hospitais e unidades de saúde do distrito, no investimento público na habitação a preços controlados, na implementação de um passe social intermodal que abranja ambas as comunidades intermunicipais, com tarifas reduzidas e na construção de novas residências universitárias em Braga e Guimarães.
Continuar a trabalhar
Já Carmindo Soares, presidente da União de Freguesias de Merelim S. Paio, Panóias e Parada de Tibães, deu conta das melhorias feitas na Praia Fluvial, um exemplo do resultado do trabalho da CDU, e reafirmou o compromisso do executivo em continuar a melhorar o território.
Construir a Festa do Avante! em todo o País
A poucas semanas da realização de mais uma edição da Festa do Avante!, Paulo Raimundo apelou ao empenho de todos na construção da «Festa dos trabalhadores, do povo e da juventude». «Ferro a ferro erguem-se na Atalaia os espaços que irão acolher milhares de visitantes», sublinhou, valorizando aquela que é «uma construção colectiva que percorre todo o País, na divulgação, na venda e na mobilização para o maior evento político-cultural do País».
«É assim a Festa do Avante!» e «a nossa acção diária, tomando a iniciativa, intervindo sobre os problemas, dando confiança e ganhando experiência», reforçou o Secretário-Geral do PCP, assegurando ser «esse o caminho que temos de prosseguir e intensificar com audácia no recrutamento e confiança na responsabilização, para que outros se assumam como construtores do Partido». «É preciso mais Partido nas empresas e locais de trabalho», frisou, afirmando «o projecto único e insubstituível do PCP em convergência com outros democratas e patriotas, combatendo ilusões e falsas saídas», mas «abrindo espaços e os caminhos necessários».
Outra das prioridades passa pelo XXII Congresso do Partido, que decorrerá em Almada nos dias 13, 14 e 15 de Dezembro e será «uma grande jornada ao serviço dos trabalhadores e do povo», destacou.
Reconhecer o Estado da Palestina
O Secretário-Geral do PCP criticou por fim a retórica da guerra, do armamento e do militarismo e exigiu do Governo que cumpra «aquilo a que está obrigado» pela Constituição da República Portuguesa, contribua «para as soluções de paz que se exigem em todo o mundo» e, «de uma vez por todas», reconheça «o Estado da Palestina».
Compromisso com a reposição de rendimento
Paulo Raimundo falou também para «os que cultivam a terra, os que cuidam do gado, recebem migalhas pelo seu trabalho enquanto a grande distribuição engorda à tripa-forra».
Deu como exemplo o leite, produção tão importante naquela região, que, nos últimos anos, teve de modernizar-se, organizar-se, garantir o bem-estar e a saúde animal, assim como a higiene alimentar, o que foi feito. No entanto, «temos hoje menos 10 por cento das explorações que tínhamos quando entrámos na então CEE, com os prejuízos económicos e sociais que daí resultam», apontou o dirigente comunista.
Referiu outros dados: em 2023, apesar do aumento dos custos, nas rações, nos fertilizantes, nos combustíveis, o preço do leite baixou, em média, dois cêntimos à produção, «mas nos supermercados, para os consumidores, o preço voltou a aumentar», o que explica «os lucros da grande distribuição».
Porque o País «não aguenta» tantas injustiças e desigualdades, «nem está condenado a elas», o Secretário-Geral do PCP reclamou do Governo medidas que «comprovem e que assegurem rendimentos dignos a quem trabalha», nomeadamente através do aumento de 150 euros, num mínimo de 15 por cento, em todos os salários e para 1000 euros do salário mínimo nacional ou de 1% do PIB por ano de investimento em habitação, em vez de se «reduzir o IRC ao grande capital para os 15 por cento», medida que «custará ao País, em quatro anos, 4500 milhões de euros», valor que fica nos «bolsos» dos grupos económicos «ao invés» de ser canalizado «para a saúde, para a habitação pública, para os salários, para a educação, para as forças e serviços de segurança, para os funcionários judiciais».
«Em 2023, por dia, os grupos económicos acumularam 29 milhões de euros de lucros e a grande banca 12 milhões de euros. (…) E ainda nos dizem que não há dinheiro», denunciou Paulo Raimundo