Construir a Festa é transformar o sonho em realidade
Preparar a Festa do Avante! Significa construí-la, divulgá-la e vender a EP. Foi com este pensamento que, no fim-de-semana, dezenas de comunistas e amigos participaram na primeira jornada de trabalho de construção da Festa do Avante!
As jornadas de trabalho da Festa são uma escola para muitos camaradas e amigos
Os militantes e amigos que estiveram na primeira jornada foram mobilizados pelas Organizações Regionais de Lisboa, Setúbal, Santarém e Viseu do Partido, e pela JCP
A dureza da manhã, ainda mal 8h00 eram, escondia um segredo: o frio matutino, em contraste com o calor que se põe mais tarde, é a melhor temperatura para começar uma jornada de trabalho.
Todo o tipo de tarefas são necessárias na edificação da Festa: montagem das estruturas onde funcionarão os pavilhões; pintura; limpeza de terreno; ou colocação de toldos para a cobertura dos espaços.
Todas elas, naturalmente, necessitam de camaradas experientes, que já as realizam «com uma perna às costas», mas, também, dos muitos militantes e amigos (quantos deles jovens e pela primeira vez a pisar aquele terreno) que, com o seu contributo, permitem transformar em realidade a «terra dos sonhos» que é a Festa.
E, se são muitas as tarefas, e é longo o dia, não há melhor forma de o começar senão no bar de apoio, bebendo um café e comendo uma sandes – alimentos necessários para cumprir o trabalho que se avizinha.
Nestas 8h00, e entre os habituais sorrisos, alegria e «bons-dias, camarada» que caracterizam as jornadas, os «construtores» são distribuídos, conforme as necessidades, pelos vários espaços e tarefas. E, ao longo do dia – com pausas para a tradicional pausa, ou «bucha», e para o almoço – lá se completa o trabalho, seja ele qual for.
Diferentes experiências
Neste primeiro dia de construção, o Avante! Decidiu ir à conversa com dois camaradas, Francisco Ferrer e Celso Moraes. O primeiro, lembrou, participou «em todas as Festas» desde a segunda, no Jamor, «umas com alguma responsabilidade, outras só para ajudar na construção». O segundo, militante da JCP «faz para aí de 4 a 6 meses», confirmou que era aquela a primeira jornada de trabalho a que vinha, onde esteve destacado na limpeza de terreno.
«Sem a Festa montada não há Festa», afirmou Francisco Ferrer, para quem as jornadas de trabalho são essenciais, envolvendo o máximo de camaradas e amigos. «É fundamental virem e participarem», disse, «sobretudo aos fins-de-semana, às jornadas mais alargadas. Depois durante a semana, cerca de dois meses, temos, também, um grupo de camaradas que estão disponíveis para irem construindo e preparando os materiais para as jornadas maiores».
O militante de 74 anos lembrou que todos quantos constroem a Festa «vão aprendendo», o que a torna, «ao fim e ao cabo, numa escola para muitos camaradas».
Opinião coincidente teve o jovem operário Celso Moraes, que, quando questionado se achava que valia a pena mais camaradas e amigos ajudarem a construir a Festa, respondeu rapidamente que «com certeza, até porque não tem como a gente exercitar melhor» o nosso compromisso «do que estar aqui, na prática a trabalhar e a construir. É parte do nosso exercício como militante».
Já quanto à sua opinião sobre o que estava a achar desta sua primeira jornada, o também estudante de engenharia de software foi igualmente veloz na resposta: «estou achando muito interessante». E recordou que «já tinha vindo uma vez à Festa, só que vi tudo isto já pronto, já construído, e é um ambiente muito diferente. Então está sendo uma experiência muito interessante».
Francisco Ferrer apontou ainda outro aspecto das jornadas: o convívio, «que é uma coisa a que se dá, também, muita importância, e ajuda à própria construção. O bom ambiente é fundamental»!
Trabalho colectivo
Durante a jornada de sábado, como nas demais, a entre-ajuda e a camaradagem são palavras-de-ordem no trabalho de todos os construtores da Festa. Acompanhando uma equipa de camaradas que colocavam toldos numa estrutura, pudemos observar um exemplo desse trabalho colectivo.
No grupo de jovens, muitos já tinham passado pelas jornadas em anos anteriores; outros tantos, no entanto, enveredavam pela primeira vez nesta importante tarefa.
E aqui, na colocação de toldos, se pôde ver como trabalham os comunistas: os mais experientes ajudam os que fazem algo pela primeira vez; com confiança e apoio (mais que não fosse de um escadote) os medos de subir à estrutura iam desvanecendo; problemas que surgissem eram discutidos em colectivo, procurando sempre a melhor solução.
A camaradagem, o diálogo franco e aberto, a busca pela resolução de problemas, a acção conjunta de todos para um mesmo fim comum – numa simples tarefa se pôde ver reflectido o método de trabalho dos comunistas, e a forma de sociedade que almejam.
A Festa é, no final de contas, o sonho de um novo mundo transformado em realidade.