Vitória dos trabalhadores prova que vale a pena lutar
Fruto de anos de luta determinada dos trabalhadores da Resíduos do Nordeste (RdN) e das sucessivas intervenções do STAL, a empresa tem de efectivar os trabalhadores com vínculos temporários.
ACT dá razão às denúncias públicas do STAL
Na sequência da denúncia apresentada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), que realizou em Dezembro passado uma acção inspectiva ao Parque Ambiental do Nordeste Transmontano, informou o STAL que tinha analisado os sucessivos contratos de utilização de trabalho temporário e verificado a existência de infracções, o que, face à lei, obriga à conversão dos mesmos em contratos de trabalho sem termo, pelo que advertiu a RdN para proceder à regularização e reconstituição da carreira dos trabalhadores desde a data do início de funções na empresa. A ACT verificou ainda que a empresa fornecedora de mão-de-obra (Grandalvo Serviçços) não possui licença para exercer esta actividade.
Em nota de 11 de Junho, o STAL considera que esta é uma «situação completamente inaceitável», até porque a RdN é uma entidade pública e participada pelos municípios de Alfandega da Fé, Bragança, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirando do Douro, Mirandela, Vila Flor, Vimioso, Vinhais e pela Associação de Municípios do Douro Superior: Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa, «que têm como obrigação valorizar o trabalho e promover a estabilidade e a segurança no emprego».
O Sindicato informa ainda que vai acompanhar este processo e constituir-se como assistente no mesmo, contribuindo assim para defender os direitos dos trabalhadores.
RTP-Madeira
Também os trabalhadores da RTP-Madeira alcançaram uma importante vitória, após o Juízo do Trabalho do Funchal ter decidido que o canal de televisão vai ter de reconhecer a existência de contrato com 24 profissionais que prestavam serviço através de empresas externas e recibos verdes. A decisão foi saudada pela CDU, que, desde 2018, tem denunciado o facto de existirem situações de falsos recibos verdes na RTP-Madeira.