Estamos a três dias das eleições para o Parlamento Europeu (PE) e e o que se vê na campanha da CDU é a dinâmica desta Coligação a avançar, com determinação e confiança, no esclarecimento e na mobilização para o voto para eleger deputados do PCP e do PEV que, pelo seu empenhamento na defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo e dos interesses nacionais, fazem a diferença no Parlamento Europeu. É preciso que todos os que sabem que a CDU é a voz insubstituível se mobilizem para o voto na Coligação PCP-PEV. Está nas mãos dos democratas, de todos os que, para lá de opções de voto anteriores, sabem que esta Coligação faz falta no PE, eleger candidatos da CDU. Esclarecimento e mobilização que, empresa a empresa, bairro a bairro, rua a rua, voto a voto, deverão continuar.
É possível alargar o apoio à CDU. Está nas mãos dos trabalhadores e do povo, dos democratas e patriotas, das mulheres e dos jovens assegurar, pelo voto, que no Parlamento Europeu soará mais alto a voz pelo aumento dos salários e das reformas, pela resolução dos problemas da habitação, pelo investimento nos serviços públicos, pela defesa e reforço do SNS, pelos interesses nacionais e pela paz, a voz da CDU.
Porque, como sempre, por maiores que sejam os problemas, as dificuldades e os constrangimentos, é na força do povo que reside a possibilidade da ruptura necessária com a política de direita (que faz da submissão às imposições da União Europeia um dos seus pilares fundamentais), de pôr de pé uma política alternativa, patriótica e de esquerda, que valorize o trabalho e os trabalhadores, dando centralidade ao aumento geral dos salários, que aumente as reformas, que defenda os serviços públicos, desenvolva a produção nacional, dê resposta aos direitos da juventude, aos direitos das crianças e dos pais. Uma política que assuma o cumprimento da Constituição da República Portuguesa, afirme os valores de Abril, defenda a cooperação entre estados soberanos e iguais em direitos, promova o progresso social e assuma a paz como valor essencial.
A campanha da CDU tem-se vindo a desenvolver por todo o País envolvendo milhares de candidatos, dirigentes do PCP, do PEV e da ID, activistas (muitos dos quais independentes); tem realizado grandes desfiles e comícios e multiplicado as acções de contacto directo com as populações. Tem recebido milhares de apoios de diferentes sectores (membros de ORT, profissionais da cultura, professores, ecologistas, profissionais da saúde, jovens, ex-presos políticos).
É esta dinâmica que importa prosseguir e intensificar, multiplicando contactos, trazendo à campanha os problemas, os direitos, as aspirações que têm estado no centro da luta dos trabalhadores e do povo e levar cada uma dessas lutas até ao voto na CDU, que lhes dará expressão e voz, no Parlamento Europeu.
E que não se pense, como muitos outros pretendem fazer crer, que, por se tratar de eleições para o Parlamento Europeu, estas questões não são para aqui chamadas. São e muito! Lá se fazem, cá se pagam. Precisamos de deputados que combatam a submissão e os condicionamentos que nos impõem uma política de baixos salários, de baixas reformas, de desmantelamento de serviços públicos (com destaque para o SNS), de abdicação de parcelas significativas da nossa soberania, de destruição do nosso aparelho produtivo e abandono de importantes segmentos da produção nacional, que impõem privatizações e alimentam a corrupção, que alinham Portugal com um caminho militarista, federalista e neoliberal.
É possível uma outra política e é possível uma outra Europa de estados soberanos e iguais em direitos, de cooperação, progresso social e de paz.
Razões de sobra para votar na CDU, a que se junta essa razão maior, a de celebrar os 50 anos do 25 de Abril, defendendo a liberdade e a democracia, contra os projectos reaccionários e as alianças de vários matizes entre eles. Só a CDU denuncia que, por ser um projecto de integração capitalista, a União Europeia convive bem com tais projectos e com a extrema-direita e estes convivem bem com a União Europeia.
Como afirmou o Secretário-Geral do PCP no sábado passado no comício da CDU em Lisboa, «Há ainda muita margem para crescer e alargar. Entre os que estão indecisos e que ainda não decidiram o seu voto; os que perante tudo o que vão vendo e sentindo nas suas vidas estão cansados e sem perspectiva; os que justamente estão fartos da mentira, da corrupção e das negociatas; os que se inquietam com o soar dos tambores da guerra e a morte e sofrimento das suas vítimas; os que agora se mostram indiferentes, os que acham que é tudo igual, os que duvidam da importância destas eleições; é com todos eles que temos e devemos falar.»
E enquanto a luta se desenvolve pelas muitas reivindicações dos trabalhadores, nomeadamente o aumento geral dos salários, a regulação dos horários de trabalho e o fim da caducidade na contratação colectiva, pelo aumento de todas as reformas, pelo acesso à habitação, em defesa do SNS, pela paz, é preciso dinamizar a campanha, avançar com as soluções que a CDU tem para responder aos problemas dos trabalhadores, do povo e do País.