AUMENTAR SALÁRIOS E DEFENDER DIREITOS - MAIS FORÇA À CDU

«Sempre contigo, para o que der e vier»

Quem olhe para os primeiros dias da campanha das eleições para o Parlamento Europeu apercebe-se da determinação, da confiança, da energia da campanha da CDU, com centenas de acções em todo o País, em que se destacam, na última semana, os desfiles e comícios no Porto, na Amadora e em Setúbal. É uma campanha que coloca ainda maior exigência nos 10 dias que ainda temos para convencer trabalhador a trabalhador, jovem a jovem, mulher a mulher, para a importância do voto na CDU.

Campanha centrada nos problemas dos trabalhadores, do povo e do País e nas soluções para os enfrentar. Campanha que, envolvendo candidatos e dirigentes do PCP e do PEV, reclama uma intervenção empenhada de cada um dos activistas, no esclarecimento e na mobilização para o voto na CDU.

Uma acção convergente para que, com o reforço da luta de massas e o reforço do PCP e do PEV nas instituições, se criem as condições para romper com a política de direita e de submissão à UE e para abrir caminho à política alternativa patriótica e de esquerda inspirada nos valores de Abril, que faz falta ao País.

Uma campanha que teve na sessão pública «Aumento geral dos salários e do salário mínimo nacional: emergência nacional», quando se assinalavam os 50 anos sobre a criação do salário mínimo nacional, um forte sublinhado. Como referiu, nessa sessão, o Secretário-Geral do PCP, «a questão dos salários é absolutamente importante e central nos nossos dias. O aumento geral e significativo de todos os salários é a medida mais estruturante e determinante para a melhoria das condições de vida.»

O aumento geral dos salários é a grande emergência nacional – aumento dos salários para todos os trabalhadores em 15%, num mínimo de 150 euros e aumento extraordinário do salário mínimo nacional para os mil euros, já em 2024 – a que o Governo não quer dar resposta, procurando, desviar as atenções e desvalorizar o seu significado, centrando a discussão no IRS.

A campanha da CDU dá também grande centralidade à necessidade do aumento de todas as reformas e pensões e de resolução urgente dos problemas que afectam o funcionamento do SNS, e da escola pública, bem como às respostas que garantam as condições de acesso à habitação, a concretização dos direitos das crianças e pais, a defesa e promoção da produção nacional, a defesa e valorização dos serviços públicos e a defesa da paz como bem essencial.

Bem gostariam os que dão suporte à política de direita – PS, PSD, CDS, Chega e IL – que os salários e os direitos ficassem fora desta batalha eleitoral, mas, que se desenganem, a CDU não vai permitir.

Este Governo, que arrasta os pés em tudo o que é fundamental para o País e que funciona como uma espécie de conselho de administração dos interesses do capital, aprendeu rápido as técnicas da propaganda.

O que a acção do Governo está a mostrar nas opções políticas que assume e em cada medida que toma é que a mudança na vida dos trabalhadores e do povo nunca virá do PSD e CDS como também não virá do Chega e IL, tal como não veio do Governo PS.

A alternativa virá dos e com os que, com coragem e determinação, defendem a valorização do trabalho e dos trabalhadores, o aumento dos salários e das reformas, a concretização dos direitos à saúde e à habitação, ou seja, o PCP e o PEV.

É neste quadro, caracterizado pelo predomínio e agravamento dos problemas, mas também da luta pelas respostas inadiáveis que eles exigem – de que foram expressão esta semana as lutas em inúmeras empresas e locais de trabalho, a luta dos trabalhadores da Administração Pública, da Portucel, das OGMA, da EMEL, da Tratolixo e da Valorsul, a acção de ontem pelo reconhecimento pelo governo português do Estado da Palestina, entre outras, e vai ser a Semana de Esclarecimento, Acção e Luta, de 20 a 27 de Junho, convocada pela CGTP-IN – que se tem desenvolvido a campanha eleitoral para as eleições para o PE.

Realizaram-se no passado domingo as eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira. O resultado obtido pela CDU – perda da representação parlamentar, que pesará negativamente na vida política da Região e em particular na defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo – não é desligável de uma operação continuada, muitas vezes subterrânea, procurando fazer opinião com base em elementos alheios à intervenção concreta e ao papel real da CDU. Teve assim peso a acção desenvolvida para a subestimação e desvalorização da importância e do papel único e diferenciador da acção da CDU na Assembleia Legislativa Regional, em estreita ligação com os interesses dos trabalhadores e da população da região. 

Uma situação que torna mais imperativo o apelo a uma ampla mobilização de todos os activistas e apoiantes da CDU para uma acção determinada, combativa e confiante de contacto directo para mobilizar para o voto na CDU. Sendo certo que, mais deputados do PCP e do PEV no Parlamento Europeu, significará sempre melhores condições e mais força para defender os interesses de Portugal, dos trabalhadores e do povo.