VOTAR CDU PARA UMA VIDA MELHOR

«salários, reformas, saúde, habitação»

A situação económica e social do País continua marcada pelos baixos salários e reformas; pelas dificuldades no acesso à saúde,à educação, à habitação; pelo desinvestimento nos serviços públicos; pela contínua destruição do aparelho produtivo nacional e pela crescente dependência económica do exterior e de submissão às imposições da UE.

No polo oposto, os grupos económicos continuam a acumular lucros escandalosos como é o caso da banca, que obteve nos primeiros três meses de 2024 cerca 13 milhões de euros de lucros por dia. Uma brutal acumulação e centralização da riqueza que contrasta com o elevado custo de vida para os trabalhadores e o povo e o agravamento da exploração, das injustiças e desigualdades.

É neste contexto que se tem desenvolvido a acção do Governo PSD/CDS, que, não só não resolve os problemas estruturais com que o povo se vê confrontado como, pelo contrário, se mostra profundamente empenhado em aproveitar esses problemas para dinamizar novas áreas de negócio ao serviço dos interesses do capital monopolista.

De facto, o Governo aproveita o drama da habitação para ampliar a especulação e servir os fundos imobiliários e a banca; aproveita as dificuldades na saúde para transferir ainda mais recursos públicos para os grupos económicos deste sector; aproveita os baixos salários para abrir caminho à redução dos impostos ao grande capital, seja pela redução do IRC seja sobre a derrama.

Avança medidas que, sendo positivas – aumento do complemento solidário para idosos –, abrangem apenas cerca de 140 mil, dos mais de 2 milhões de idosos que existem no País, mais de um milhão dos quais na pobreza, passando ao lado da questão central, o aumento das reformas e pensões.

Ao mesmo tempo, multiplica as justificações para não cumprir e contornar os compromissos eleitorais assumidos com diversos sectores de trabalhadores da Administração Pública: professores, forças e serviços de segurança, profissionais da justiça e da Saúde.

Anunciou a intenção de construir o novo Aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete mas, ao mesmo tempo, assume como prioritário investir no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, como pretende a multinacional Vinci. Ora, a prioridade não pode ser alargar a capacidade da Portela. A prioridade tem de ser a construção faseada do novo Aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, bem como a construção da terceira travessia sobre o Tejo e da Alta Velocidade Ferroviária.

Realizaram-se esta semana, na região de Setúbal, as Jornadas Parlamentares do PCP,com os deputados do Grupo Parlamentar do PCP na AR e os deputados do PCP no PE. Na região de Setúbal, que dispôs de um aparelho produtivo robusto e diversificado com uma grande capacidade de produção, que fazia e continua a fazer falta à região e ao País, não obstante a profunda destruição de que foi alvo levada a cabo pela política de direita de sucessivos governos e sob as ordens e diretivas da UE.

Uma região que sentiu e sente também os impactos da Política Agrícola Comum, com enorme potencial no sector das pescas, mas que hoje enfrenta grandes dificuldades.

Face à situação que se vive, desenvolve-se a luta dos trabalhadores e do povo, de que foi expressão a jornada da Administração Pública de 17 de Maio, a greve nacional dos enfermeiros, as diversas acções em defesa da paz e de solidariedade com a Palestina, a acção reivindicativa nas empresas e locais de trabalho e será a Semana de Esclarecimento, Acção e Luta convocada pela CGTP-IN, de 20 a 27 de Junho, com o lema «Aumentar salários | Garantir direitos | Combater a exploração e as desigualdades», fazendo convergir nestes dias o maior número de plenários, tribunas, concentração e greves, em todos os sectores e em todo o País.

Falta pouco mais de duas semanas para as eleições para o Parlamento Europeu e três dias para as eleições para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira.

Este é, portanto, momento para continuar a construir o resultado da CDU e, conversa a conversa, contacto a contacto, rua a rua, empresa a empresa, ganhar para o voto na CDU, para eleger deputados do PCP e do PEV, que defendam os interesses dos trabalhadores, do povo e do País. Para avançar na questão central que se impõe, o aumento geral dos salários; para defenderem as opções políticas que promovam o aumento das reformas, o investimento na defesa e valorização dos serviços públicos, o direito ao emprego com direitos, à habitação, à saúde e à educação. Para intervir por um Portugal soberano, desenvolvido, numa Europa de cooperação de progresso social e de paz.

Indissociávelda luta dos trabalhadores e do povo, prossegue a intervenção do PCP pela ruptura com a política de direita e por uma outra política, patriótica e de esquerda, que valorize o trabalho e os trabalhadores e afirme os valores de Abril. Uma opção central em que se insere a sessão pública em torno do aumento geral dos salários e do salário mínimo nacional, que se realiza na próxima segunda-feira, quando se assinala os 50 anos da criação dos salário mínimo nacional, importante conquista de Abril.