MAIS FORÇA À CDU

«defender Portugal no Parlamento Europeu»

Faltam praticamente três semanas para as eleições para o Parlamento Europeu (e pouco mais de uma semana para as eleições para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira). A CDU desenvolve a sua campanha voltada para o esclarecimento e a mobilização para o voto na coligação PCP-PEV, tendo em vista o seu reforço.

De facto, os deputados eleitos pela CDU são indispensáveis para defender Portugal no PE, estiveram e vão continuar a estar sempre na defesa dos interesses nacionais. Intervieram e vão intervir sempre pelo aumento dos salários, reformas e pensões; em defesa do SNS; pelo direito à habitação; em defesa da produção nacional.

Vão continuar a bater-se contra os interesses dos monopólios e do grande capital, principais beneficiários das imposições da UE e da política de direita de sucessivos governos que a ela submetem o País, como é, na situação actual, o caso do Governo PSD/CDS.

É bom lembrar que quando os deputados do PCP no PE propuseram o aumento do financiamento do transporte público, PS, PSD e CDS votaram contra; quando propuseram que se desse centralidade ao financiamento de áreas sociais e laborais, sectores produtivos, preservação da biodiversidade, acolhimento e integração de refugiados e migrantes, PS, PSD e CDS votaram contra e, mais grave ainda, acharam que uma parcela cada vez maior dos fundos comunitários fosse canalizado para o militarismo e a corrida aos armamentos.

E quando os deputados do PCP no PE recusaram as novas regras orçamentais, que nos procuram acrescentar à ditadura do défice e da dívida um novo mecanismo de pressão sobre a despesa pública, lá estiveram PS, PSD e CDS a dar o seu voto a favor de mais cortes e menos soberania.

PS, PSD e CDS, submetidos aos interesses da UE, alinharam, invariavelmente, contra os interesses do povo português e do País. E como se não bastasse, Chega e IL querem agora juntar-se a esta verdadeira união antipatriótica.
Por isso mesmo, precisamos de deputados do PCP e do PEV para afrontar as opções da UE pelos baixos salários e reformas, a injustiça fiscal, as privatizações, o desmantelamento dos serviços públicos, o ataque ao SNS e à Escola Pública.

Tentam atirar o PCP e a CDU para discussões simplistas e deturpadas em relação ao euro, à integração europeia, à escalada da guerra. Tentam limitar e falsificar o debate nestas eleições em torno de questões colocadas de uma forma que pouco ou nada diz à larga maioria dos portugueses. Fazem-no para evitar discutir estes e outros temas com a seriedade e a profundidade que se exige.

Querem evitar que o povo perceba que é na política de direita – que protege os interesses do capital monopolista e nos mantém reféns das imposições da UE – que estão as causas fundamentais dos problemas estruturais que vivemos e que é preciso construir uma outra Europa de estados iguais em direitos, de cooperação, de paz e progresso social.

As históricas comemorações populares do 25 de Abril e a grande jornada do 1.º de Maio, convocada pela CGTP-IN, deram expressivos sinais de que os trabalhadores, o povo, os jovens estão empenhados em defender esses valores, sabendo que é com o PCP e o PEV que verão a sua voz representada no PE; que é a CDU que lutará contra as injustiças e desigualdades; defenderá a produção nacional, promoverá o desenvolvimento, responderá às necessidades do povo; recusará transformar o ambiente numa nova área de negócio; combaterá a direita e a extrema-direita; defenderá os direitos, as liberdades e a democracia, a soberania, a cooperação e a paz.

 

Independentemente da mediatização e da propaganda em torno de algumas das medidas que vai tomando, o que caracteriza este primeiro período da acção do Governo PSD/CDS é a ausência de resposta aos problemas nacionais e às exigências dos trabalhadores e do povo; é o aprofundamento de uma política de favorecimento dos grupos económicos; é o agravamento da situação económica e social do País; é a frustração das expectativas dos sectores profissionais a quem prometera a resolução dos seus problemas profissionais mais urgentes (entre outros, professores, forças de segurança, profissionais do SNS, da justiça, militares); é o crescimento das injustiças e desigualdades sociais; são novos passos na submissão à UE e ao capital monopolista.

Por seu lado o PS, confirmando a convergência com o PSD no que aos mais fundos interesses do grande capital diz respeito – como se viu, na última semana, na rejeição da proposta do PCP de responsabilização da banca pelos acréscimos dos juros – procura fazer passar a ideia de que é a principal força de oposição, como ficou visível na discussão de alterações ao IRS ou às portagens, avançando com propostas que, no Governo, sempre rejeitou.

 

É neste quadro que importa valorizar o desenvolvimento da luta, que tem vindo a assumir diversas expressões, de que foi recente expressão a greve nacional e concentração dos enfermeiros, mas também as acções em defesa da paz e de solidariedade com a Palestina e vai ser, amanhã, a acção da Frente Comum da Administração Pública.

Importa igualmente reforçar o PCP e avançar decididamente na preparação do XXII Congresso, afirmar a política alternativa, patriótica e de esquerda, que rompa com a política de direita (que PS, PSD, CDS, Chega e IL estão apostados em aprofundar), concretize os valores de Abril e garanta um Portugal com futuro.