Luta forte na Efacec por salários e pelo futuro da empresa

Termina amanhã uma série de greves e concentrações nas empresas do Grupo Efacec, que começou em força na segunda-feira, dando expressão pública às preocupações suscitadas pela acção da Mutares.

Na segunda-feira, de manhã, durante um primeiro período de duas horas de greve, cerca de duas centenas de trabalhadores concentraram-se no exterior do complexo industrial que alberga a sede da Eface, na Arroteia (Matosinhos). Em declarações à agência Lusa, o coordenador do SITE Norte fez um balanço «muito positivo» desse início das lutas decididas em plenários, a 17 de Abril. Miguel Ângelo Pinto destacou a forte participação na concentração, a boa participação dos trabalhadores da unidade da Efacec na Maia e nas empresas de Engenharia e Mobility.

Os trabalhadores e o sindicato da FIEQUIMETAL/CGTP-IN exigem negociar aumentos salariais e outras matérias do Caderno Reivindicativo, querem garantias de defesa dos postos de trabalho e de continuidade da Efacec como empresa estratégica para a região e o País.

O sindicato lembrou que «a administração nomeada pela Mutares – o fundo de investimento a quem o Governo pagou 395 milhões de euros para ficar com a Efacec, em Novembro do ano passado – avançou com um despedimento colectivo na Efacec Engenharia no passado mês de Abril», abrangendo duas dezenas de trabalhadores. Contudo, prosseguem as rescisões «por mútuo acordo» e a administração não assumiu, nas vésperas do início das lutas, o compromisso de que não haveria intenções de despedimento durante o próximo ano.

Com a sua luta, os trabalhadores pretendem «afirmar que não ficam impávidos e serenos, enquanto o futuro da empresa e os seus postos de trabalho podem estar a ser postos em causa», explicou o SITE Norte.

Nesse primeiro dia de luta, esteve com os trabalhadores, na concentração, uma delegação do PCP, da qual fizeram parte Alfredo Maia, deputado, e Renata Freitas, vereadora na CM de Matosinhos. Além de saudarem a unidade e a luta dos trabalhadores, recordaram que, muito recentemente, o Grupo Parlamentar comunista questionou o Governo sobre a situação na Efacec, salientando que está a ser confirmada a justeza dos alertas do Partido, quando se opôs à reprivatização deste importante grupo industrial.

 



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