Trabalhadores comemoraram 1.º de Maio por todo o mundo

O Dia Internacional dos Trabalhadores foi celebrado por todo o mundo, em defesa de melhores salários e direitos laborais, com desfiles, comícios e outras mobilizações pacíficas. A Palestina não foi esquecida.

Aumentos salariais, direitos laborais e paz são exigências proclamadas no Dia Internacional dos Trabalhadores

Na Europa, as comemorações tiveram um carácter reivindicativo, de luta pela concretização de direitos laborais.

Em cidades da Alemanha, concentrações promovidas por forças de esquerda, vigiadas de perto por milhares de polícias, denunciaram os crimes de guerra cometidos pelo governo israelita contra os palestinianos.

Em França, em Paris, Lyon e Nantes participaram dezenas de milhares de pessoas – 200 mil em todo o país, segundo os sindicatos.

Em Espanha, sob a consigna «Pelo pleno emprego: menor jornada, melhores salários», milhares de trabalhadores convocados pelas centrais sindicais encheram as ruas de Madrid e de outras cidades, reclamando uma redução da jornada laboral que não implique cortes salariais.

Na Grécia, os trabalhadores exigiram incrementos salariais que compensem os cortes aplicados por sucessivos governos de Atenas e impostos pelo Fundo Monetário Internacional.

Na Turquia, em Istambul, agentes da polícia efectuaram detenções e usaram balas de borracha e gás pimenta para dispersar trabalhadores que pretendiam desfilar na praça Taksim, no centro da cidade.

Em Moscovo, na praça Karl Marx, o líder do Partido Comunista da Federação Russa, Guennadi Ziuganov, exortou o governo a «preocupar-se mais com o bem-estar da classe operária».

Na América Latina, o presidente colombiano, Gustavo Petro, desfilou em Bogotá, com milhares de pessoas mobilizadas pela Central Unitária de Trabalhadores (CUT). «Caminhamos para que a Colômbia avance, pela justiça social e ambiental, que é o caminho da paz», disse.

Na Argentina, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) e outras centrais sindicais promoveram manifestações, em Buenos Aires, sob a palavra de ordem «A Pátria não se vende». Prosseguindo a luta contra as políticas neoliberais do governo argentino, os sindicatos convocaram para esta quinta-feira, 9, uma greve geral.

No Brasil, em São Paulo – com a presença do presidente Lula da Silva –, e no Chile, em Santiago, organizações sindicais e partidos de esquerda organizaram actos massivos para celebrar o Dia Internacional dos Trabalhadores.

Na Ásia, o 1.º de Maio foi assinalado com exigências de aumentos salariais e condições de trabalho em manifestações na Malásia, Indonésia, Tailândia, Japão, Nepal, Bangladesh e Coreia do Sul, havendo notícia de confrontos entre a polícia e trabalhadores em Manila, a capital das Filipinas.

Na Índia, o Partido Comunista da Índia (Marxista) saudou fraternalmente os trabalhadores de todo o mundo no seu dia, em especial os que lutam para defender direitos, arduamente conquistados, contra a exploração capitalista.

Na República Popular Democrática da Coreia, em particular em Pyongyang, assinalou-se o Dia Internacional dos Trabalhadores: além de iniciativas políticas, houve eventos desportivos e recreativos nas fábricas, empresas e granjas e espectáculos culturais em teatros e praças.

No continente africano, destaque para a África do Sul, onde o acto central do 1.º de Maio, na Cidade do Cabo, com a participação de milhares de pessoas, contou com a presença do presidente do Congresso Nacional Africano (ANC) e da República, Cyril Ramaphosa, e de dirigentes da federação sindical Cosatu e do Partido Comunista Sul-africano (SACP).


Cubanos ratificaram apoio ao socialismo e à revolução

Cerca de quatro milhões de cubanos ratificaram o seu apoio ao socialismo e à Revolução durante as grandes concentrações e marchas celebradas no 1.º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores.

Bandeiras cubanas e cartazes alusivos à festa do proletariado engalanaram as mobilizações massivas que reuniram operários e outros trabalhadores, estudantes, famílias e grupos de solidariedade por toda a ilha.

Em Havana, cerca de 200 mil pessoas, de cinco municípios da capital, e mais de um milhar de amigos de 58 países solidários com Cuba juntaram-se numa Tribuna Anti-imperialista para comemorar a data. Na presença do líder da Revolução Cubana, Raúl Castro, e do presidente da República, Miguel Díaz-Canel, a população de Havana manifestou a sua rejeição ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos da América, que afecta a vida de 11 milhões de cubanos há mais de seis décadas. E exigiu a eliminação de Cuba da lista unilateral elaborada pelos EUA de países que supostamente patrocinam o terrorismo.

O secretário-geral da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), Ulises Guilarte, assinalou que a jornada do 1.º de Maio foi dedicada ao heroísmo do povo cubano, que concentra os seus esforços na recuperação económica como batalha fundamental.

Em Santiago de Cuba, Esteban Lazo, presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular, o parlamento cubano, presidiu ao desfile de cerca de 300 mil pessoas na Praça da Revolução da segunda cidade mais importante do país. Também foi denunciada a guerra genocida contra os palestinianos e brigadas de solidariedade de França, Espanha, Alemanha e outros países condenaram o cerco económico, comercial e financeiro que impede o desenvolvimento das forças produtivas em Cuba.



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