- Nº 2632 (2024/05/9)

Cinco anos ao lado do povo e em defesa do País

Eleições

O balanço do mandato dos deputados do PCP no Parlamento Europeu (matéria já parcialmente noticiada na edição anterior do Avante!) foi apresentado no dia 30 de Abril. A iniciativa realizou-se em Lisboa, no Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal.

Foi intensa e diversificada a actividade dos deputados do PCP em Bruxelas e Estrasburgo. Saldou-se pela sua quantidade e qualidade e partiu sempre de um conhecimento profundo da realidade do País. Foram estes os elementos que ficaram bem claros na sessão de apresentação do balanço. Aliás, os números falam por si: às milhares de iniciativas de carácter institucional (os números concretos estão presentes na edição anterior), juntam-se as mais de 1500 iniciativas realizadas por todo o País – entre reuniões, encontros, debates, contactos, sessões e tribunas públicas.

Foi sobre estas iniciativas, em jeito de síntese, que se debruçaram os deputados do PCP no Parlamento Europeu (PE), Sandra Pereira e João Pimenta Lopes, nas suas intervenções.

Já João Ferreira, membro da Comissão Política do Comité Central e deputado no PE (substituído por João Pimenta Lopes em Julho de 2021), recordou na apresentação inicial da iniciativa os grandes temas que marcaram o mandato dos eleitos comunistas: a pandemia da COVID-19; a aprovação do quadro financeiro plurianual de 2021-2027; a aprovação do Plano de Recuperação e Resiliência; o aumento do custo de vida; a reforma do Pacto de Estabilidade e da legislação relativa à Governação Económica, concluída há apenas duas semanas; e ainda as guerras na Ucrânia e na Palestina e toda a deriva armamentista e militarista. Em todos esses momentos, os deputados do PCP estiveram do lado dos interesses nacionais, do povo e dos trabalhadores portugueses.

Em defesa do País
«Foi um trabalho realizado com uma ligação profunda aos problemas do povo e do País, à realidade nacional, à luta dos trabalhadores e das populações pelos seus direitos e anseios», salientou João Oliveira, primeiro candidato da CDU nas eleições ao PE. «Um trabalho que confirmou a CDU como a voz dos trabalhadores e do povo no PE, a voz que é preciso reforçar para lutar por melhores condições de vida, por uma vida com direitos, igualdade e justiça social numa Europa de paz, progresso, e cooperação», acrescentou.

Para o candidato, o trabalho dos deputados do PCP confirmou ainda uma intervenção que se destacou pelo empenho na «mobilização de todos os meios, recursos e possibilidade a favor do progresso e desenvolvimento de Portugal».

Coerência
«Também lá [em Bruxelas e Estrasburgo], como cá, dizemos o que fazemos e fazemos o que dizemos, sem rodeios e sem hesitações», começou por salientar Paulo Raimundo, para quem nem todas as forças políticas podem dizer o mesmo. Foi assim quando o PCP propôs o aumento do financiamento no PE para, em Portugal, se poder investir em infra-estruturas de transportes e na promoção do transporte público. Os deputados eleitos pelo PS, PSD e CDS votaram contra. Os mesmo partidos que rejeitaram a proposta do PCP sobre a alocação de fundos europeus para – em vez do militarismo e da guerra – a promoção da melhoria da situação económica e social em Portugal.

«Quando os nossos deputados propuseram lá que Portugal recuperasse os mandatos perdidos no PE aquando dos sucessivos alargamentos da UE, negando que Portugal continuasse a ser prejudicado e a ter cada vez menos voz, os deputados de PS, PSD e BE rejeitaram que tal acontecesse», acrescentou o Secretário-Geral do Partido.

«Lá, em Bruxelas e Estrasburgo, como cá, em Portugal, fica claro de que lado está cada força política, que opções fazem e ao serviço de quem estão», destacou ainda.