A CGTP-IN apela a que o Dia Internacional do Trabalhador seja «uma imensa demonstração de força, vontade e luta, pelo aumento dos salários e pensões, pela garantia de direitos, por um Portugal com futuro».
No manifesto que tem sido distribuído nos dias de mobilização para as iniciativas que vão decorrer por todo o País, a confederação salienta a necessidade de «intensificar a luta para melhorar as condições de trabalho e de vida». Na «grande jornada de luta do 1.º de Maio», pretende-se «afirmar os direitos e valores de Abril», por «um novo rumo para o País, assente na valorização do trabalho e dos trabalhadores e na aplicação dos direitos inscritos na Constituição».
A propósito do novo Governo, a CGTP-IN salienta que, «agora, como antes», exige-se «respostas aos problemas dos trabalhadores, dos reformados e pensionistas, dos jovens e das famílias, ao aumento do custo de vida, à degradação acentuada dos serviços públicos e funções sociais do Estado, em particular do Serviço Nacional de Saúde e da Escola Pública».
O País «continua marcado por uma profunda injustiça na distribuição da riqueza», enquanto «o patronato faz uso da legislação laboral para aumentar a exploração, boicotar a contratação colectiva e atacar os direitos». «Querem perpetuar» os baixos salários e pensões, situação que leva a que «largos milhares de trabalhadores e pensionistas não tenham as condições mínimas de vida a que têm direito».
Neste contexto, «o 1.º de Maio será uma afirmação da exigência de outro rumo na política nacional, contra os projectos de acentuação da política de direita e de agravamento da exploração, das injustiças e desigualdades sociais».
Reivindicações justas,
urgentes e possíveis
A CGTP-IN persiste na exigência de «aumento geral e significativo dos salários», que se traduz em actualizações salariais de 15 por cento, com valor não inferior a 150 euros, para todos os trabalhadores, e na fixação do salário mínimo nacional em mil euros, durante este ano.
Atingir estes objectivos «é urgente», quando «mais de dois milhões e cem mil pessoas estão em risco de pobreza». Muitas destas pessoas «são trabalhadores, a tempo inteiro, ou que trabalharam urna vida inteira, mas o salário ou a pensão não chega para pagar as despesas básicas, como a renda da casa ou a prestação ao banco, a comida, o aquecimento ou a medicação».
Isso «é possível», «basta distribuir mais justamente a riqueza criada». No manifesto recorda-se, a propósito, que, em 2023, houve 20 grandes grupos económicos que tiveram 25 milhões de euros de lucros por dia, enquanto 2 800 000 trabalhadores (dois em cada três) auferiram «um salário bruto base inferior a mil euros.
Nas reivindicações a que a participação no 1.º de Maio dará força, a Intersindical Nacional inclui a valorização das carreiras e profissões, a revogação das normas gravosas da legislação laboral (pondo fim à chantagem patronal com a caducidade das convenções colectivas de trabalho), a redução do horário de trabalho para 35 horas semanais (sem perda de retribuição), o combate à precariedade de emprego, o fim dos «bancos» de horas e outras «adaptabilidades», a regulação dos horários normais, em laboração contínua e por turnos, o investimento nos serviços públicos (com valorização dos trabalhadores da Administração Pública), o aumento significativo das pensões, a garantia do direito à habitação.
Por todo o País
Do programa das comemorações, divulgado pela CGTP-IN, realçamos a manifestação em Lisboa, com saída marcada para as 15h00, no Martim Moniz, em direcção à Alameda D. Afonso Henriques. Aqui intervirá o Secretário-Geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira.
Em todos os distritos e regiões autónomas vão realizar-se concentrações, manifestações, desfiles e também provas desportivas, festas populares, exposições e iniciativas para crianças. A lista de iniciativas inclui:
– Aveiro, 15h00, do Largo da Estação até ao Largo do Rossio;
– Beja, 10h00, da Casa da Cultura até ao jardim público; Ervidel, 13h00, Barragem do Roxo; Pias, 13h00, Barragem do Enxoé;
– Guimarães, 15h00, Largo do Toural (iniciativa distrital de Braga);
– Bragança, 14h00, Praça Cavaleiro de Ferreira;
– Castelo Branco, 15h00, antigo Quartel das Devesas; Covilhã, 15h00, no jardim público; Tortosendo, 10h00, desde a Associação de Reformados; Minas da Panasqueira, manhã e tarde.
– Coimbra, 15h00, Praça da República; Figueira da Foz, 15h00, jardim municipal;
– Évora, 15h00, do Teatro Garcia Resende para a Praça 1.º de Maio; Montemor-o-Novo, 9h00, Parque Urbano; Vendas Novas, 10h00, no Centro Social e Cultural;
– Faro, 10h00, do Mercado Municipal até ao relvado junto do Teatro das Figuras;
– Guarda, 15h00, do Largo Dr. João de Almeida para a Alameda de Santo André;
– Leiria, 15h00, da Av. 22 de Maio, junto ao Jardim da Almuinha Grande, para a Praça Rodrigues Lobo;
– Torres Vedras, na ExpoTorres, das 9h00 às 18h00;
– Portalegre, 10h30, da Avenida do MFA até ao monumento aos mortos da Grande Guerra, na Avenida da Liberdade;
– Porto, às 15h00, Avenida dos Aliados, com manifestação pelas ruas da baixa;
– Santarém, 15h00, da Segurança Social até ao Jardim da República;
– Setúbal, 15h00, da Praça do Brasil até ao coreto na Avenida Luísa Todi; Sines, 10h30, Jardim das Descobertas;
– Viana do Castelo, 14h00, do Largo da Estação até à Praça da República;
– Vila Real, 15h00, Alameda de Grasse;
– Viseu, 14h30, do Largo de Santa Cristina até ao Rossio; Lamego, 14h30, Avenida Alfredo de Sousa; Mangualde, 14h30, Largo Dr. Couto.
– RA Açores, em Angra do Heroísmo (10h00, Praça Velha), na Horta (13h00, Parque Vitorino Nemésio) e em Ponta Delgada (11h00, Parque Florestal do Pinhal da Paz);
– RA Madeira, no Funchal, 10h30, da Assembleia Legislativa para o Jardim Municipal.