1961 – Operation Acoustic Kitty
Nos anos 60 do século passado, em plena «Guerra Fria», abundaram os planos da CIA para espiar a União Soviética. Entre os mais bizarros conta-se a Operação Acoustic Kitty, que consistia em transformar gatos em dispositivos de espionagem. O Acoustic Kitty era uma espécie de híbrido felino-androide, um gato ciborgue, com um microfone implantado no ouvido e o corpo alterado cirurgicamente para acomodar sofisticados dispositivos de escuta. A ideia, segundo documentos desclassificados da Direcção de Ciência e Tecnologia da CIA, era que os gatos, presença insuspeita em jardins, ruas e casas, captassem conversas de soviéticos que seriam retransmitidas para os agentes responsáveis. O desafio estava em conseguir que o bichano encontrasse e se mantivesse junto do alvo, sem se distrair. Um relatório datado de Março de 1967 afirma que o Acoustic Kitty foi uma «conquista científica notável», mas reconhece que o uso continuado de gatos vivos como dispositivos de escuta «não seria prático». Diz-se que no primeiro teste oficial o gato ciborgue foi atropelado mal foi libertado na rua, mas esta versão está por confirmar, já que parte da informação sobre o tema continua classificada. O projecto, abandonado em 1967, terá custado entre 10 a 20 milhões de dólares.