PCP de volta ao contacto com os trabalhadores e a população

O tempo não é de expectativa mas de iniciativa e de luta

Entre os dias 21 e 24, o PCP voltou a muitas das em­presas onde es­ti­vera du­rante a cam­panha elei­toral, e tantas vezes antes disso, cum­prindo o com­pro­misso as­su­mido pelo Se­cre­tário-Geral logo após as elei­ções. Em de­zenas e de­zenas de con­tactos com os tra­ba­lha­dores e a po­pu­lação por todo o País, os co­mu­nistas re­a­fir­maram res­postas e so­lu­ções para os pro­blemas e apre­sen­taram-se com a co­ragem de sempre para de­fender Abril, as suas con­quistas e va­lores.

Em quatro dias o PCP re­a­lizou a acção de con­tacto com os tra­ba­lha­dores e a po­pu­lação em todas as re­giões do País


Paulo Raimundo passou, no dia 21, pela CelCat, unidade industrial do sector eléctrico situada na localidade de Pero Pinheiro, concelho de Sintra, onde os comunistas são presença assídua, haja ou não eleições. Aí, reafirmou aos trabalhadores com quem conversou (a quem não se perguntou sobre opções de voto), como também aos jornalistas que ali se encontravam, que os tempos não são de expectativa nem de medo e que a hora não é seguramente de cálculo nem de conciliação.

Ao con­trário do que por aí se tem dito, ga­rantiu, não há qual­quer ra­zo­a­bi­li­dade em es­perar pelo que um go­verno de di­reita possa fazer – pois é evi­dente aquilo que fará. Ra­zoável é, pois, não dar es­paço a qual­quer recuo: na vida, no sa­lário, nos di­reitos. Este tempo «é de luta», in­sistiu.

O do­cu­mento que sus­tentou esta jor­nada re­sumia bem o que está em causa: «Pas­sadas as elei­ções, os pro­blemas per­ma­necem. Os sa­lá­rios e pen­sões de re­forma con­ti­nuam curtos, a ha­bi­tação ina­ces­sível para muitos, en­quanto os grupos eco­nó­micos lu­cram 25 mi­lhões por dia. O que sobra em lu­cros para uns poucos falta a quase todos para res­ponder às ne­ces­si­dades das suas vidas.»

Ora, acres­centa-se, PSD e CDS, Chega e IL não darão res­posta a ne­nhum destes pro­blemas. Pelo con­trário, «querem um ca­minho de re­tro­cesso, de ataque a di­reitos, de apro­fun­da­mento dos pri­vi­lé­gios dos donos disto tudo, de riscos para o pró­prio re­gime de­mo­crá­tico». São os seus pro­gramas e a sua prá­tica po­lí­tica que o atestam.

Da parte do PCP, re­a­firmou-se no do­cu­mento e nas muitas con­versas en­ta­bu­ladas junto dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções ficou claro o com­pro­misso de com­bate, firme e co­e­rente, à po­lí­tica de di­reita e aos pro­jectos re­ac­ci­o­ná­rios, para de­fender a li­ber­dade e a de­mo­cracia.

Des­ta­cava-se ainda, no fo­lheto, al­guns dos com­pro­missos que o PCP cum­prirá logo na aber­tura dos tra­ba­lhos par­la­men­tares (ver pá­gina 32), «hon­rando a pa­lavra dada, con­fron­tando os ou­tros com o que an­daram a pro­meter». Com­pro­missos esses que são, também, ban­deiras de luta dos que, para lá de «arit­mé­ticas par­la­men­tares», farão a uni­dade para as res­postas que se im­põem para a mai­oria que vive do seu tra­balho, e não para os mi­li­o­ná­rios e ac­ci­o­nistas, como sa­li­entou na CelCat o Se­cre­tário-Geral co­mu­nista.

Para muitas destas ac­ções de con­tacto com os tra­ba­lha­dores levou-se o Avante!, que puxou para man­chete o su­ges­tivo tí­tulo: «PCP toma a ini­ci­a­tiva e está onde é pre­ciso: Nas lutas por Abril, contra o pro­jecto da di­reita.»

 

 

• Au­mentar sa­lá­rios e pen­sões

• Salvar o SNS e as­se­gurar o di­reito de todos à Saúde

• Ga­rantir o di­reito à ha­bi­tação

• As­se­gurar os di­reitos das cri­anças e dos pais, das mu­lheres, da ju­ven­tude

• De­fender o am­bi­ente e a con­ser­vação da na­tu­reza

• De­fender a paz