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«Não será pelo PCP que o projecto da direita será implementado», garantiu Paulo Raimundo na conferência de imprensa de ontem, na qual apresentou as conclusões da reunião do Comité Central realizada na véspera.

Resumindo os aspectos centrais do documento aprovado, que publicamos integralmente nestas páginas, o Secretário-Geral comunista garantiu que o PCP «dará, desde o primeiro minuto, combate à política de direita e aos projectos reaccionários que se procuram afirmar, e vai fazê-lo utilizando todos os meios ao seu dispor para esse combate».

A apresentação de uma moção de rejeição ao programa do futuro governo será um dos instrumentos utilizados, revelou, em resposta a uma pergunta colocada por um jornalista. Sobre a eficácia de tal medida, Paulo Raimundo sublinhou tratar-se de um «sinal político» acerca do posicionamento do PCP face ao projecto político da direita. «Connosco não contam», reafirmou.

Comentando os resultados, o dirigente comunista salientou que eles criam uma situação «ainda mais favorável ao grande capital e à intensificação da política de direita». A única «mudança» que virá desses partidos, alertou, é «mais favorecimento dos interesses dos grupos económicos, mais ataques aos serviços públicos, a continuação e acentuação do desmantelamento do SNS e da Escola Pública, o ataque ao regime democrático». Nada virá, desse lado, que favoreça os trabalhadores e as populações.

Paulo Raimundo responsabilizou o PS pela situação agora criada, desde logo porque «com tudo na mão, uma maioria, um governo e condições financeiras, não respondeu aos problemas centrais da vida dos que vivem e trabalham no País». Mas também por «alimentar e se alimentar das forças mais reaccionárias».

O Secretário-Geral do PCP não deixou de apelar à participação dos trabalhadores e do povo «em todas as lutas pelos seus direitos e pela vida melhor a que têm direito», bem como nas comemorações do 25 de Abril e do 1.º de Maio.

 

 



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