O PCP comemorou ontem, 6 de Março, os seus 103 anos. Fê-lo junto dos trabalhadores, em 103 empresas de todas as regiões do País.
Nascido em 1921 do seio da classe operária portuguesa e dos sectores mais combativos do movimento sindical, o PCP colocou sempre no centro das preocupações os trabalhadores, os seus direitos e condições de vida. Fê-lo sempre, em todos os momentos e nas mais diversas condições: na resistência ao fascismo, na Revolução de Abril e em todas as suas conquistas, na resistência à contra-revolução, na luta contra a política de direita, na oposição à troika, na defesa, reposição e conquista de direitos, no combate à ofensiva contra Abril.
E, também, na luta que continua pela alternativa patriótica e de esquerda, por uma Democracia Avançada com os valores de Abril no futuro de Portugal, pelo socialismo e o comunismo.
No folheto distribuído ontem nas 103 empresas, o PCP realça que as batalhas travadas ao longo de todos estes anos falam por si: pelos direitos dos trabalhadores, das mulheres, dos pequenos e médios empresários e agricultores, da juventude, contra todas as discriminações. Pela democracia e a liberdade. Pelo desenvolvimento e a soberania. Pela amizade entre os povos e a paz.
Dirigindo-se directamente aos trabalhadores para garantir que «todas as nossas batalhas são pelos teus direitos», o PCP enumera algumas das mais decisivas que hoje se travam: emprego com direitos; aumento geral dos salários; redução e regulação dos horários; combate à precariedade; contratação colectiva; crianças e pais com direitos; saúde, educação, cultura.
O voto nos salários e na estabilidade
Nesse dia 6, mal o sol tinha nascido, com os trabalhadores a chegar para o turno na Lisnave, Setúbal, já muitos candidatos e activistas da CDU lá estavam para uma acção de contacto. Entre estes, a primeira candidata Paula Santos e o Secretário-Geral do Partido.
Aqui, distribuindo folhetos dedicados aos 103 anos de existência e luta do PCP, Paulo Raimundo e os demais activistas foram esclarecendo quem entrava quanto às propostas do PCP e da CDU para as eleições de dia 10. Propostas de quem não está lá só em campanha eleitoral, mas sim todos os dias, há 103 anos.
Neste sentido, o Secretário-Geral destacou que «estamos muito confiantes que os trabalhadores vão dar força ao seu partido, à sua força, que é a CDU. Porque se é para termos mais salários, estar contra a precariedade, ter mais estabilidade de vida e melhores condições de trabalho, esse voto só pode ser na CDU».
O dirigente comunista sublinhou que, dia 10, o que verdadeiramente «vai estar em jogo é a bipolarização entre os salários, os direitos, e aqueles que querem apertar ainda mais os direitos aos trabalhadores».
«Enfrentámos todas as incógnitas ao longo de 103 anos, e ultrapassámo-las todas. E ultrapassámos só por uma razão: é porque estamos ligados aos trabalhadores e somos dos trabalhadores. E vão ser os trabalhadores, e essa ligação aos trabalhadores, que vai também resolver todas as incógnitas», reforçou, ainda.