O PCP assinalou ontem o seu 103.º aniversário numa acção simbólica que envolveu contactos com trabalhadores de 103 empresas em todo o País. Desta forma, o Partido Comunista Português, sublinha a sua origem e natureza de classe e reafirma o seu compromisso de sempre com os trabalhadores e o povo, na luta pela liberdade, a democracia e o socialismo.
No próximo domingo, os trabalhadores e o povo são chamados a fazer opções face à situação que se vive e à necessidade vital de lhe dar resposta.
O verdadeiro confronto nestas eleições é entre os interesses e os direitos dos trabalhadores, dos reformados, dos jovens, dos intelectuais, dos artistas, dos pequenos e médios agricultores, dos micro, pequenos e médios empresários – que só a CDU está em condições de defender – e os interesses dos grupos económicos e das multinacionais, que com o PS, PSD, CDS, Chega e IL, independente das suas diferenças, têm sido bem defendidos.
É o confronto entre os que, como a CDU, tudo farão, como sempre fizeram, para proteger e defender quem trabalha, quem produz a riqueza, quem trabalhou toda uma vida, quem sofre com o aumento do custo de vida, com a precariedade, os horários desregulados, a exploração, a discriminação, quem não consegue produzir e fruir da cultura; e os que optam por proteger os interesses dos 5% mais ricos que acumulam 42% da riqueza criada.
São muitos os desafios que estão colocados nesta batalha eleitoral.
O desafio de evitar a política da maioria absoluta do PS com os resultados que estão à vista: a perda de poder de compra, a concentração de riqueza, o aumento das injustiças e desigualdades, a transferência de recursos do SNS para o negócio da doença, a dificuldade de acesso à habitação, o desinvestimento nos serviços públicos.
O desafio de evitar a política de PSD e CDS (agora, juntamente com o PPM, coligados na AD), prosseguida em vários governos, mas também do Chega e IL, que entre 2011 e 2015, nos tempos sombrios da troika, lá tiveram vários dos seus dirigentes a aplaudir medidas que agora querem retomar e intensificar.
O País precisa de uma mudança a sério, que rompa com anos e anos de política de direita que é responsável pelos problemas estruturais que o País enfrenta e pela degradação das condições de vida da imensa maioria dos portugueses, pelas enormes injustiças e desigualdades sociais. Uma mudança que crie condições à concretização de uma política alternativa, a política patriótica e de esquerda.
É uma mudança incontornável para dar resposta aos problemas, assegurar os direitos, promover o desenvolvimento soberano do País, afirmar os valores de Abril, garantir um futuro de progresso social e de paz.
É uma mudança imprescindível e só alcançável dando mais força à CDU.
De facto, como a vida vem demonstrando, mais força à CDU significou sempre melhores condições para a luta, melhores condições para avançar na resposta aos problemas.
É por isso que é preciso insistir: faz falta dar mais força à CDU para valorizar o trabalho e os trabalhadores, para aumentar os salários e as pensões; para revogar as normas gravosas da legislação laboral, repor o princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador, revogar a caducidade da contratação colectiva, regular os horários de trabalho; para garantir os direitos da juventude; para defender os serviços públicos, resolver os problemas do SNS e da escola pública e garantir o acesso à habitação; para defender os direitos das crianças e dos pais.
É preciso dar mais força à CDU para que se cumpram os direito das mulheres à igualdade na lei e na vida. E, amanhã, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher é bom ter presente que foi com o PCP e a CDU que as mulheres puderam sempre contar na luta por melhores condições de vida e de trabalho; no combate a todas as formas de discriminação, desigualdade e violência; pela participação das mulheres em igualdade. E todos os avanços nos seus direitos se deveram à sua luta organizada e à intervenção do PCP e da CDU.
Mais força à CDU para combater projectos e concepções reacccionários; para defender e afirmar os valores de Abril, da liberdade, da democracia e da paz. Para contribuir para a convergência dos democratas, dos patriotas, das forças que querem cumprir e fazer cumprir a Constituição da República.
É por tudo isto que, enquanto outros vão dramatizando a vida política para apagar responsabilidades próprias pela situação que se vive, a CDU, numa campanha de massas em crescendo, alarga apoios e aproveita todos os momentos da campanha para contactar, esclarecer, mobilizar para o voto na Coligação PCP-PEV.
Muitas lutas têm sido travadas e muitas outras estão já marcadas, pelos direitos e pelos salários e contra o aumento do custo de vida. Aproximam-se também as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e a preparação da grande jornada de luta do 1.º de Maio. Nas eleições e na luta de todos os dias a afirmação dos valores de Abril é essencial para marcar o rumo de um Portugal com futuro.