É HORA DE DAR MAIS FORÇA À CDU

«A CDU não faltará, como nunca faltou, aos seus compromissos»

O Comité Central do Partido Comunista Português saudou o XV Congresso da CGTP-IN, que se realizou, no Seixal, nos passados dias 23 e 24 de Fevereiro. Saudou a grande central sindical dos trabalhadores portugueses, os seus órgãos de direcção, os milhares de dirigentes, as dezenas de milhares de delegados sindicais e activistas e, através deles, os trabalhadores e a sua luta.

Realizado no contexto de uma importante batalha eleitoral e numa situação económica e social em que lavram e se aprofundam a exploração e as desigualdades sociais – com os preços dos bens e serviços essenciais a subir, os salários e as pensões a desvalorizar-se e os lucros dos grupos económicos a atingirem níveis escandalosos – foi um Congresso que constitui uma poderosa demonstração de confiança, estimulo e afirmação de uma força organizada, influente e mobilizadora, elemento decisivo na luta que continua e se vai desenvolver em defesa dos interesses de classe dos trabalhadores, contra os perigos de retrocessos e da acção revanchista ao serviço do capital, por uma alternativa política patriótica e de esquerda, pela liberdade, a democracia e os valores de Abril no futuro de Portugal, pela paz, a solidariedade entre os trabalhadores de todos os países, pelo progresso social e uma sociedade livre da exploração capitalista.

 

Estamos a pouco mais de uma semana das eleições legislativas. As eleições de 10 de Março são uma enorme oportunidade que não pode ser desperdiçada para reforçar a CDU, e com esse reforço, alterar a correlação de forças na Assembleia da República e dar mais força à luta por uma vida melhor. 

São uma oportunidade para todos os que justamente se sentem indignados com o estado a que chegou o País poderem manifestar, com o seu voto na CDU, o seu protesto mas também para exigirem as soluções que se impõem.

De facto, cada voto na CDU é um compromisso, é uma vontade de romper com a política de direita e abrir caminho à política patriótica e de esquerda. Uma política que dê centralidade à valorização do trabalho e dos trabalhadores, que assuma um rumo político vinculado aos valores de Abril. Uma política que aumente os salários e as pensões, para repor o poder de compra e melhorar a qualidade de vida de quem trabalha ou trabalhou. 

Uma política que defenda e reforce os serviços públicos, em vez do desinvestimento crescente em que a política de direita os vem mergulhando. Os serviços públicos e os sectores estratégicos têm de ser postos ao serviço do Povo, geridos a bem do povo, e não conforme a vontade dos grupos económicos e dos seus accionistas que delapidam os recursos públicos para aumentarem os seus lucros.

Uma política que invista no Serviço Nacional de Saúde, que fixe os médicos, enfermeiros, técnicos, assistentes operacionais que nele fazem falta; que invista de facto na Educação e na Escola Pública, que respeite e valorize os seus profissionais; que rompa com a opção pela submissão às imposições da UE e assuma a defesa dos interesses do Povo e do País.

A CDU tomará a iniciativa, cumprirá os seus compromissos e não faltará, como nunca faltou, às respostas que são precisas.

Como lembrou o Secretário-Geral do PCP na sexta-feira passada em Portalegre, «se estão de acordo que é preciso aumentar salários e pensões; acabar com a precariedade; salvar o Serviço Nacional de Saúde; garantir o direito à Habitação; defender a escola pública e os serviços públicos; se querem pôr o País a andar para frente; se estão contra a guerra e pela paz; então é aqui, com a CDU, que têm de estar.»

 

Perante a tragédia da guerra que continua a ensombrar os nossos dias e de forma dramática, em particular na Ucrânia e na Palestina, o PCP e a CDU exortam à defesa da paz, que não é compatível com o negócio da guerra, com mais armas, mais bombas, mais mortes, com os lucros brutais que dela retiram as empresas do armamento.

Do mesmo modo, questionam os que defendem mais dinheiro para a NATO, os que acham que se deve gastar 2% do PIB para a guerra, mas se recusam a valorizar os militares das nossas Forças Armadas, e a investir 1% na Cultura ou na Habitação.

Para o PCP e a CDU o que urge afirmar é que a guerra não é saída, nem na Ucrânia, nem na Palestina. É o caminho da Paz que é preciso trilhar, o caminho da resolução política dos conflitos. É afirmar que as forças do progresso vão ser capazes de travar o ódio e a barbárie e criar uma nova ordem de cooperação, progresso social e de paz.

 

O Partido Comunista Português comemorará na quarta-feira da próxima semana o seu 103.º aniversário com uma acção de contacto com os trabalhadores de 103 empresas por todo o País. Assinalará, desta forma simbólica, a sua origem e natureza de classe – partido político do proletariado, da classe operária e de todos os trabalhadores portugueses – e o seu compromisso de sempre com a luta contra a exploração. Pela liberdade, a democracia e o socialismo.