MAIS FORÇA À CDU PARA UMA VIDA MELHOR

«é na CDU que está a força de protesto e de proposta»

Em Portugal, os grupos económicos somam 25 milhões de lucros por dia e os 5 por cento mais ricos concentram nas suas mãos 42% de toda a riqueza nacional. Em contraste gritante, os baixos salários e as magras pensões desvalorizam-se cada vez mais à medida que aumentam os preços dos bens e serviços essenciais, como recentemente aconteceu com novas subidas de preços das telecomunicações e dos correios.

Entretanto, o Serviço Nacional de Saúde e os seus profissionais lutam para continuar a prestar cuidados condignos à população enquanto o governo utiliza metade do orçamento da saúde, ou seja, cerca de oito mil milhões de euros, para entregar aos grupos privados da doença. Oito mil milhões de euros que fazem falta para dignificar carreiras de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares, para pagar condignamente e, por essa via, salvar e reforçar o SNS.

No mesmo sentido, a lei do arrendamento ao serviço da liberalização do mercado da habitação faz subir os preços e despeja famílias enquanto o Governo PS prossegue o favorecimento aos bancos, com as taxas de juro a fazer aumentar as prestações em centenas de euros. Situação que PS, PSD, CH, IL tiveram oportunidade para alterar. Assim tivessem votado a favor, mas não o fizeram, da proposta que o PCP levou à AR de pôr os lucros da banca a pagar o aumento das taxas de juro.

Os agricultores continuam esmagados pela Política Agrícola Comum e pela ditadura da grande distribuição.

Também as forças de segurança foram ignoradas durante anos nas suas exigências, exigências justas, a um salário digno, a um reconhecimento e compensação real do risco a que estão expostos. Como propôs, aliás, o PCP quando levou à AR uma iniciativa legislativa visando o aumento do suplemento de risco, que o PS rejeitou.

E assim, crescem as injustiças e as desigualdades entre quem produz a riqueza e quem dela se apropria e, ao mesmo tempo, cresce também a exigência de uma outra política que responda aos problemas nacionais, que persistem, e ao agravamento dos défices estruturais resultantes de décadas de política de direita da responsabilidade de PS, PSD e CDS e seus sucedâneos do Chega e da IL. Uma política que, apesar dos seus desastrosos resultados para os trabalhadores, para o povo e para o País, estes partidos insistem em prosseguir.

Foi perante as crescentes incertezas e os desafios de um País cada vez mais submisso a interesses que não são os seus, e a modelos económicos que não lhe servem que o PCP e a CDU avançaram com soluções para responder aos direitos, aos anseios, às aspirações dos trabalhadores e do povo e para resolver os problemas nacionais.

Depois de ter apresentado o Programa Eleitoral no passado dia 25 de Janeiro – um programa que é um compromisso com os trabalhadores e o povo onde são identificados problemas, apontadas causas e sinalizados objectivos, orientações e soluções –, o PCP apresentou no sábado passado «30 medidas prioritárias - Mudar de política para uma vida melhor». Medidas para responder à dimensão e à urgência dos problemas com que os trabalhadores e o povo estão confrontados.

De facto, não é aceitável que os interesses da banca e dos restantes grupos económicos ponham em causa os direitos e as condições de vida. As imposições da UE e do euro não se podem sobrepor ao desenvolvimento do País.

Como sublinhou Paulo Raimundo na apresentação destas trinta medidas, «este conjunto de 30 medidas prioritárias que quisemos destacar do nosso Programa constituem respostas dirigidas para resolver problemas, corrigir injustiças, travar erros que o País não pode cometer, aproveitar possibilidades que não podem ser desperdiçadas. Integram-se numa política mais geral, nessa política que é de esquerda e que é patriótica. Que tem uma dimensão de classe e uma dimensão nacional. Que está com os trabalhadores, está com o Povo, está com o País.

«Mas a sua concretização para se transformar numa realidade na vida de cada um – acrescentou – , reclama que se dê mais força à CDU.»

Munidos de mais este instrumento e cientes de que o fundamental é usar e potenciar os próprios meios na campanha de massas que é preciso fazer, os militantes do PCP e do PEV, os activistas da CDU, os democratas e patriotas independentes que se revêem nos objectivos e nas propostas desta coligação dinamizam, com determinação e confiança, o contacto directo com milhares de eleitores informando, esclarecendo, divulgando as suas propostas e afirmando os valores de Abril que lhes servem de inspiração.

E se a luta é factor decisivo na transformação social, o voto na CDU é condição importante para o País avançar para uma vida melhor, para um Portugal com futuro.