PELO DESENVOLVIMENTO, O PROGRESSO SOCIAL E A PAZ

«exigências de luta incontornáveis»

À mensagem de Natal do primeiro-ministro, seguiu-se, no dia um, a mensagem de Ano Novo do Presidente da República.

Tratou-se, no que respeita às questões essenciais, de dois discursos que passaram ao lado dos problemas concretos que afectam a vida dos trabalhadores e do povo e das soluções que seria urgente adoptar.

Entretanto, o País vê-se confrontado com nova subida de preços dos bens e serviços essenciais, que penaliza a esmagadora maioria da população portuguesa, enquanto os grupos económicos arrecadam milhões.

 

A mensagem do Secretário-Geral do PCP, foi de conteúdo e sentido diferente. De facto, falando a verdade aos portugueses, Paulo Raimundo deixou claro que as dificuldades que enfrenta a grande maioria dos portugueses contrasta com a situação dos grupos económicos que acumulam 25 milhões de euros de lucros por dia. Reafirmando também que «os portugueses espalhados pelo mundo, os que cá vivem e trabalham têm direito a uma vida melhor.», e que «há meios, recursos, forças e vontades, há gente séria e honesta, capaz de recolocar  o País no trilho de Abril, nesse Abril de esperança, direitos, conquistas e valores tão vivos na vida de todos e de cada um. »

Por isso mesmo, quanto mais força for dada ao PCP e à CDU, mais força haverá e será empregue para combater retrocessos, defender direitos e avançar nas condições de vida. Porque cada vez que o PCP e a CDU avançam, reforçam-se as possibilidades de uma vida melhor para cada um e para todos.

 

A situação que se vive coloca aos trabalhadores e ao povo exigências de luta incontornáveis: exigências de luta intensificada e diversificada, de forma a atrair a participação de todos os que são penalizados pela política de direita, de todos os que são fustigados pelo aumento dos preços, pela desvalorização dos seus salários, das suas pensões: exigências de luta pela ruptura com esta política ao serviço dos interesses do grande capital e pela concretização de uma política alternativa que valorize o trabalho e os trabalhadores e resolva os problemas nacionais.

 

É neste esforço de luta e neste quadro de exigências que se inserem as eleições legislativas de 10 de Março – como também as eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores a 4 de Fevereiro ou a eleição para o Parlamento Europeu a 9 de Junho – e a campanha política de massas em que estamos envolvidos pelo reforço da CDU. Uma campanha que se quer intensa, esclarecedora, privilegiando o contacto pessoal, de mobilização para o voto na CDU. Uma campanha ousada, determinada e confiante que leve a milhares e milhares de portugueses, com nitidez, a ideia de que não estão condenados à inevitalidade da política de direita, seja pelas mãos do PS, seja pelas mãos do PSD e do CDS e dos seus sucedâneos do Chega e da IL; de que não estão condenados aos baixos salários e às baixas pensões enquanto os principais grupos económicos arrecadam muitos milhões; de que não estão condenados ao aumento dos preços, ao pesado custo de vida, ao desemprego, à precariedade, à pobreza e à fome; que não estão condenados à denegação do direito à saúde, à educação e à habitação.

Uma campanha que informe, esclareça e mobilize para o reforço na CDU porque, o que é inevitável, de facto, é um novo rumo para o País. Um novo rumo que será alcançado pela luta dos trabalhadores e do povo, os quais no dia 10 de Março terão um instrumento fundamental que não podem desperdiçar: o voto na CDU, que é o voto na defesa dos seus direitos, que é o voto que melhor projecta os valores de Abril nas suas vidas e no futuro de Portugal, o voto que conta para a construção de um País soberano, desenvolvido, de progresso social e de paz.

 

É neste sentido que, no Novo Ano, o PCP vai continuar a estimular o desenvolvimento da luta de massas: quer a luta dos trabalhadores pelos salários e os direitos, quer a luta das populações em defesa dos serviços públicos, por melhores reformas e pensões, contra o aumento do custo de vida, para salvar e reforçar o SNS, pela resolução dos problemas da escola pública, pelo acesso à habitação e pela concretização dos direitos das crianças e dos pais. Luta de massas em que se insere a acção reivindicativa nas empresas, locais de trabalho e sectores. E se insere também a luta pela paz, com destaque para a manifestação a 14 de Janeiro em Lisboa pela paz no Médio Oriente, pelo fim da agressão, o fim do massacre, por uma Palestina independente.

Vai também concretizar as medidas tendo em vista o seu reforço e dinamizar os contactos com milhares e milhares de outros democratas e patriotas, com os trabalhadores e as massas populares, cujos interesses, cujos direitos, só o PCP e a CDU, pelas suas opções, poderão garantir.