Alfredo Maia iniciou a sua intervenção afirmando que o PS, com uma maioria absoluta, e aliando-se a PSD, CH e IL, trouxe «uma enorme instabilidade» para o País, e que a legislatura que termina foi«uma oportunidade perdida pelo Partido Socialista».

O candidato afirmou que é aumentando o número de eleitos do PCP e do PEV na Assembleia da República que se consegue dar resposta aos problemas dos portugueses. Numa grave situação económica e social, onde os grandes grupos económicos somam milhões por dia e mais de um quinto dos portugueses está em risco de pobreza, votar na CDU significa dar mais força ao aumento geral dos salários e pensões, à resolução dos problemas da habitação, ao aumento do financiamento no SNS, na cultura ou na Escola Pública. Reforçara CDU significa confiar na única força que é «capaz de transformar a esperança em luta e a luta em resultados concretos».

Focando-se no distrito, lembrou que o PCP apresentou diversas propostas para a melhoria da região, todas travadas pelo PS (sozinho ou com a direita). A construção efectiva do IC35, o desenvolvimento da rede do Metro do Porto, a remodelação do Hospital de S. João ou a construção do novo hospital da Póvoa do Varzim/Vila do Conde são apenas alguns exemplos.

Apelando a que cada organização e activista da CDU informe, esclareça e mobilize, o candidato terminou reafirmando que é hora de mudar de política e de dar mais força à CDU.

Entre os muitos apoiantes da CDU presentes na sessão, que decorreu no Cine-Teatro Rivoli e que foi apresentada por Diana Ferreira (antiga deputada do PCP pelo distrito do Porto), intervieram, além do candidato,Jaime Toga, da Comissão Política do Comité Central do PCP, Mariana Silva, da Comissão Executiva do PEV, e Camilo Vilhena Carvalho, da ID. O dirigente do PCP confirmou a CDU como um«grande espaço de convergência», pronto para enfrentar a verdadeira bipolarização entre as soluções para os problemas das pessoas e as políticas convergentes de PS, PSD, CDS, CH e IL. Já Mariana Silva reiterou que mais deputados da CDU representam «mais força para defender mais qualidade de vida».

Alfredo Maia tem 61 anos, é jornalista, foi dirigente do Sindicato dos Jornalistas e eleito nas Assembleias Municipais da Maia e do Porto, sendo, actualmente, deputado do PCP à Assembleia da República e membro da Direcção do Sector Intelectual do Porto do PCP.