DECISIVO É REFORÇAR A CDU

«Concretizar as aspirações de mudança para uma vida melhor»

Mantém-se e agrava-se a situação económica e social do País: Persistem os baixos salários e as magras pensões; o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vive uma situação muito grave com falta de profissionais e de meios; a escola pública vê-se confrontada com a crescente falta de professores; o acesso à habitação é cada vez mais dificultado pelo aumento das rendas e das prestações bancárias e pela falta de casas que as pessoas possam pagar.

E a verdade é que o Governo de maioria absoluta do PS não só não resolveu (nem resolve) estes problemas – bem pelo contrário, contribuiu (e contribui) para o seu agravamento – como foi (e continua a ser) um mãos largas para os grupos económicos, que viram as suas fortunas e os seus lucros crescerem exponencialmente.

Ora, é neste quadro que o PCP e a CDU consideram que as eleições legislativas marcadas para 10 de Março são uma oportunidade para os trabalhadores e o povo, que não pode ser desperdiçada, para reforçar a CDU, para abrir caminho a uma política alternativa patriótica e de esquerda, com soluções para os problemas que, por responsabilidade de PS, CDS e PSD, Chega e IL, lhes infernizam a vida

Esta é também a oportunidade para os que se sentem desiludidos, injustiçados, traídos darem um sinal claro de que querem outra política dando o seu apoio e voto à CDU. Apoiar e votar na CDU, tendo presente a realidade que a vida confirma: quando o PCP e a CDU avançam, a vida de cada um melhora, anda para a frente.


E porque sabem que esta é uma oportunidade que está aberta aos trabalhadores, aos reformados, ao povo, aí estão já os protagonistas da política de direita, sob comando do grande capital e utilizando os poderosos meios ao seu dispor, a tentar abrir o caminho da mentira, da mistificação e das ilusões.

Aí está, por exemplo, essa armadilha do PS, que tentando recuperar a estratégia da vitimização, da chantagem e da ilusão, e procurando limpar responsabilidades, fala agora de um novo ciclo, multiplicando promessas atrás de promessas e dizendo que, agora sim, é que vai fazer aquilo que há dois anos prometeu e, apesar da maioria absoluta e dos meios de que dispôs, não cumpriu.

Aí estão também as sondagens que querem à força decidir pelo povo, uma operação que mais uma vez falhou na Madeira, onde, nas últimas eleições legislativas regionais, contra todos os vaticínios e projecções, pela vontade do povo, a CDU cresceu, teve mais votos e mais percentagem.

Ora, o confronto que aí está – e que, com o aproximar das eleições, se vai agudizar – é entre a proposta do PCP e da CDU de uma política patriótica e de esquerda com soluções e a política de direita que está na origem dos problemas. É entre a CDU, os que exigem aumento de salários e pensões, valorização das carreiras e das profissões, a melhoria das condições de vida para quem trabalha ou trabalhou toda a vida, a resolução dos problemas do acesso à habitação e os que querem manter a exploração e a limitação de direitos.

É o confronto entre a CDU, os trabalhadores e a esmagadora maioria do povo, e os partidos que promovem uma política que concentra 42% da riqueza nas mãos dos 5% que se apropriam do trabalho da maioria. O confronto que aí está é entre a CDU, os profissionais, os utentes e a maioria que defende o SNS, que querem responder às justas reivindicações dos profissionais, garantir a todos acesso a cuidados de saúde, e os partidos que estão empenhados no desmantelamento do SNS e transferem metade do orçamento público da saúde, para os grupos económicos do negócio da doença. O confronto que aí está é entre a CDU, os jovens, os pais e as crianças, que justamente exigem a concretização dos seus direitos - o fim da caducidade da contratação colectiva, a reposição do tratamento mais favorável ao trabalhador, a rede pública de creches -, e os que com as suas opções promovem a desregulação dos horários e a desorganização da vida familiar.

Por isso mesmo a CDU vai fazer uma grande, determinada e confiante campanha eleitoral, com forte dimensão de massas e presença de rua; direccionada para o envolvimento dos trabalhadores, dos reformados e pensionistas, dos jovens, das mulheres, dos micro, pequenos e médios empresários, dos pequenos e médios agricultores, dos profissionais da cultura; dirigida a todos os que sentem os nefastos efeitos da política de direita; que afirme a CDU levando mais longe a sua mensagem e a sua proposta alternativa; que assegure o seu alargamento, suscitando o apoio de democratas e patriotas.


É neste contexto que avança a preparação das listas e a divulgação dos primeiros candidatos e, anteontem, se procedeu ao anúncio de João Oliveira como primeiro candidato às eleições para o Parlamento Europeu.

Como sublinhou o Secretário-Geral do PCP no Acto Público da CDU na terça-feira passada, «com determinação, com confiança, com alegria, vamos construir um grande resultado eleitoral da CDU e dessa forma, contribuir para recolocar o País no trilho de Abril, esse Abril tão vivo e tão necessário nas vidas de todos e no futuro de Portugal.»