A Produção de Vinho de Talha, processo característico do Alentejo que remonta ao tempo dos romanos, foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

A decisão foi tomada pela Direcção-Geral do Património Cultural, por proposta da Câmara de Vidigueira, e por aquela tornada pública no dia 6 em comunicado onde salienta a importância da «transmissão e saber-fazer» deste processo de vinificação natural, que tem «permitido a preservação das adegas de construção tradicional, das talhas de barro, dos recipientes e utensílios, assim como dos processos culturais que, actualmente, se constituem como património cultural e identitário daquelas comunidades».

Esta prática de vinificação mantém-se activa nos concelhos de Aljustrel, Beja, Campo Maior, Cuba, Elvas, Estremoz, Marvão, Mora, Moura, Serpa e Vidigueira.

A Câmara de Vidigueira, de maioria CDU, saudou a decisão e considerou que este é «um passo fundamental» para candidatar esta manifestação cultural a património da UNESCO.