Teóloga, naturalista, terapeuta, compositora, musicista, poeta e dramaturga, Hildegarde de Bingen é também conhecida por «Sibila do Reno» devido às suas visões e profecias. Notabiliza-se pela publicação das suas experiências em manuscritos ilustrados que atraem numerosos visitantes ao mosteiro beneditino de Disibodenberg, onde foi abadessa até fundar seu próprio mosteiro em Rupertsberg, perto de Bingen (Renânia), em 1150, e alimentam a sua correspondência com vários interessados, em alemão e latim. Apaixonada por medicina e linguística, publica também tratados médicos e inventa uma língua própria de 700 palavras. Propunha métodos de cura natural com plantas, a prática regular do jejum e orientações higiénico-dietéticas, reunidos em dois volumes: Physica (Liber simplicis medicinae) e Causae et curae (Liber compositae medicinae). Defende que a «Saúde é harmonia entre corpo, alma e espírito», e assenta a sua terapêutica em «Cinco Pilares»: Nutrir a alma; Nutrir o corpo; Viver saudavelmente; Reforçar a imunidade; e Desintoxicação regular. A ciência validou algumas das suas práticas terapêuticas, utilizadas ainda hoje. Hildegarde foi canonizada e elevada a Doutora da Igreja em 2012 pelo Papa Bento XVI. É a quarta mulher a receber esta distinção.