Numa votação recente na Assembleia Geral das Nações Unidas, 132 dos 193 Estados votaram contra as medidas coercivas unilaterais impostas à República Bolivariana da Venezuela.
O embaixador venezuelano nas Nações Unidas, Samuel Moncada, especificou que foram rejeitadas medidas visando exercer pressão política e económica sobre os países em desenvolvimento.
A propósito, considerou que o nome correcto é «medidas coercivas unilaterais» e não «sanções». Isto porque sanções implicam que o sancionador tem autoridade para castigar outros países. E assinalou que as medidas coercivas unilaterais são abusos, crimes contra a humanidade, castigos colectivos contra a Carta das Nações Unidas e o direito internacional.
No dia 22, na ONU, «132 países rechaçaram as medidas coercivas unilaterais como meio de exercer pressão política e económica contra os países em desenvolvimento. A maioria do mundo entende que são instrumentos de agressão inaceitáveis nas relações internacionais», realçou o diplomata.
«Abusos da ExxonMobil e do Comando Sul»
Intervindo no Estado de La Guaíra, na sexta-feira, 24, o presidente Nicolás Maduro referiu-se à disputa territorial da Venezuela com a Guiana, acentuando que «ninguém poderá chantagear-nos».
«Estamos em união nacional pela recuperação da Guayana Esequibo, para parar os abusos do presidente da Guiana, títere da ExxonMobil, para parar os abusos do Comando Sul» militar dos EUA, afirmou.
Anteriormente, Maduro denunciou a existência de uma campanha que procura atentar contra a soberania da República Bolivariana da Venezuela por parte da empresa petrolífera ExxoMobil.
«Muito dinheiro está a meter a ExxonMobil para comprar políticos para que sabotem o referendo, para que dividam os venezuelanos», alertou. E insistiu que o mais importante até 3 de Dezembro é o referendo consultivo que se realizará na Venezuela sobre o território de Esequibo.