Realizou-se no dia 9, em Bruxelas, por iniciativa dos deputados do PCP no Parlamento Europeu (PE), uma acção que reuniu eleitos de vários grupos políticos para apelar ao cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e nos outros territórios palestinianos ocupados.

«A trágica situação que se vive particularmente na faixa de Gaza exige o fim imediato dos bombardeamentos indiscriminados por parte de Israel e a urgente ajuda humanitária à população palestiniana», consideraram os participantes.

Acentuaram que «a paz no Médio Oriente exige o fim da política de ocupação por parte de Israel e o cumprimento das relevantes resoluções da ONU, no respeito dos direitos nacionais do povo palestiniano».

«Hipocrisia e cumplicidade»

João Pimenta Lopes, deputado do PCP, interveio no dia 8 no PE, pedindo o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.

«Nada pode apagar a gravidade da agressão que Israel está a impor ao povo palestiniano na faixa de Gaza e nos outros territórios palestinianos ocupados», começou por afirmar.

Lembrou que, segundo a Save the Children, entre as mais de 10 mil vítimas mortais, as mais de quatro mil crianças mortas num mês pelas forças israelitas superam o número de crianças mortas em todos os conflitos no mundo desde 2019. Disse que o secretário-geral da ONU referiu que o número de funcionários das Nações Unidas mortos é o maior de sempre na história daquela organização e que o número de jornalistas mortos é o maior nos últimos 30 anos em qualquer conflito.

«Perante esta inegável realidade, como podem as instituições da União Europeia continuar em silêncio na condenação de Israel?», questionou. Mais: «Onde estão agora a aplicação de sanções ou o apelo ao Tribunal Penal Internacional? Como podem continuar em silêncio na exigência de um cessar-fogo imediato?»

João Pimenta Lopes terminou a sua intervenção no PE acusando: «A História julgar-vos-á a hipocrisia e a cumplicidade com a política de ocupação por parte de Israel que deliberadamente impede a concretização do Estado da Palestina.»