Permanecem e agravam-se os problemas sociais: aumento do custo de vida, desvalorização de salários e pensões, agravamento da situação na saúde (este é o mês em que mais serviços de saúde encerram), habitação, educação.
Em contraponto, aumentam os lucros dos grupos económicos e, em consequência, alastram as injustiças e desigualdades sociais.
Neste quadro, assume particular importância a luta que se tem vindo a travar, nomeadamente a acção «luta geral pelo aumento dos salários», decidida pela CGTP-IN, iniciada a 25 de Outubro e que culminou com a manifestação nacional do sábado passado em Lisboa e no Porto, poderosa acção de massas pelo aumento dos salários e das pensões e contra o aumento do custo de vida, mas também pela exigência do direito à saúde, à educação, à habitação, à justiça, por uma política que responda aos problemas de todos e de cada um. Uma justa luta, como salientou o Secretário-Geral do PCP, que participou na manifestação em Lisboa, uma justa reivindicação, com esta força, com esta determinação, daqueles que cá vivem e cá trabalham.
Luta que vai prosseguir nas empresas, locais de trabalho e sectores em torno da acção reivindicativa, de que foi expressão a greve dos médicos, ontem e anteontem, convocada pela FNAM.
É também neste quadro que se está a desenrolar a presente «crise política», cujo desfecho institucional ainda não está concluído.
É uma situação que resulta da demissão do Governo e que tendo sido precipitada pelos desenvolvimentos recentes de investigações judiciais envolvendo vários dos seus membros, não está desligada da política que tem sido executada, com o agravamento dos problemas, desigualdades e injustiças que atingem os trabalhadores e o povo.
Assim, colocam-se pela frente, em 2024, três batalhas eleitorais cuja importância política é preciso assinalar: eleições para a Assembleia da República, para o Parlamento Europeu e para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, que o PCP e a CDU irão travar com confiança.
De facto, os últimos anos revelaram com clareza que é com o reforço do PCP e da CDU que se podem criar condições para abrir caminho à defesa de direitos e à concretização de uma política alternativa que a vida vai mostrando ser absolutamente indispensável. Quanto mais força o PCP e a CDU tiverem, mais próximo e possível estará o avanço nas condições de vida, a conquista de direitos.
As próximas eleições são uma oportunidade para dar mais força ao PCP e à CDU. Uma oportunidade para romper com a política de direita e abrir caminho a uma política capaz de dar solução aos graves problemas nacionais.
Perante as exigências acrescidas agora colocadas pela situação político-institucional que estamos a viver e perante uma situação económica e social, que se arrasta e agrava, importa encontrar novas respostas. É preciso desenvolver a luta de massas e, em articulação com ela, reforçar o PCP e a CDU, nos planos social, político e eleitoral. E é preciso alargar a unidade com democratas e patriotas, com todos os que cá vivem e trabalham, para que contribuam com a sua acção, com a sua luta e com o seu voto para reforçar o PCP e a CDU e, assim, dar mais força à exigência de uma vida melhor, de um caminho diferente, de uma política alternativa patriótica e de esquerda. Uma política que valorize o trabalho e os trabalhadores, desde logo pelo aumento dos salários e pensões, assegure os direitos, defenda e reforce os serviços públicos, nomeadamente o Serviço Nacional de Saúde e o acesso à saúde, garanta o direito à habitação e os direitos das crianças e dos pais, da educação e da justiça, que recuse as privatizações e a promiscuidade entre o poder político e o poder económico, uma política de defesa da soberania e do desenvolvimento.
Foi no âmbito da intensificação da sua intervenção que anteontem teve início, por todo o País, a acção nacional do PCP sob o lema «É hora de mudar de política. Mais força à CDU», mobilizando todo o Partido no contacto e envolvimento dos trabalhadores e das populações, em torno dos salários, das pensões, dos direitos das crianças e dos pais, dos serviços públicos, da soberania e do desenvolvimento, por um futuro melhor.
Foi também neste quadro que o PCP apresentou mais de 450 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2024 – instrumento ao serviço da política de direita que não só não responde aos problemas do País, como acentua o favorecimento dos grupos económicos – com soluções concretas para os problemas concretos a carecer de soluções urgentes.
Para o PCP e para a CDU não há problemas insolúveis. Novas exigências obrigam a novas respostas com as soluções necessárias. Sempre na perspectiva do combate à exploração e às causas das injustiças e desigualdades sociais. Pelo desenvolvimento do País, pela garantia dos direitos, pela paz e o progresso social.