Colectânea chinesa de textos budistas, a cópia do Sutra (ensinamento) do Diamante (por ser cortante) encontrada entre os manuscritos da «Caverna dos mil Budas» de Dunhuang, no início do séc. XX, é o primeiro livro de que se tem notícia. O título conhecido em sânscrito é Vajracchedika Prajnaparamita Sutra, e o livro começa, como muitos outros sutras budistas, com a famosa frase: «Assim eu ouvi» (evam maya śrutam), apresentando depois um conjunto de metáforas, de que a mais conhecida é: «Todos os fenómenos condicionados são como sonhos, ilusões, bolhas e sombras, como gotas de orvalho ou relâmpagos; devemos contemplá-los desta forma.» Embora a história do texto não seja totalmente conhecida, os especialistas admitem que o livro seja de uma data muito antiga na literatura Prajnaparamita. A primeira tradução chinesa foi feita em 401 d.C. pelo monge budista Kumarajiva, respeitado tradutor conhecido por se preocupar mais em transmitir o significado dos textos do que em fazer uma tradução literal precisa. A técnica de impressão, rudimentar mas eficaz, consiste em entalhar letras em pequenos blocos de madeira e decalcá-las depois sobre papel. A impressão do Sutra do Diamante ocorreu 587 anos do primeiro livro impresso no Ocidente, a Bíblia de Gutenberg.