A alegria e a confiança que irradiou da Festa do Avante! projecta-se na acção, na iniciativa e na luta que aí está por melhores condições de vida, pela resposta aos problemas dos trabalhadores e do povo, pelas soluções que garantam a construção de um país mais desenvolvido, justo e soberano.
Acção e luta que a partir da iniciativa parlamentar o PCP retomará, já no inicio da nova sessão legislativa, na procura de soluções para o problema da habitação com que milhares de pessoas estão confrontadas, quer por via do valor dos arrendamentos quer do custo insuportável dos empréstimos bancários que o aumento das taxas de juro provocou; para a concretização do direito a creche com a criação de uma rede pública que garanta a todas as crianças acesso gratuito; com medidas que assegurem uma justiça fiscal articulada com os recursos necessários ao financiamento dos serviços públicos. Iniciativas que confrontarão PS, PSD, Chega e IL com as suas opções de preservação dos interesses dos grupos económicos, que exporão a insuficiência das medidas do Governo para fugir ao que de substancial e estruturante precisa de ser enfrentado e para revelar em toda a sua extensão a demagogia e verdadeiros propósitos de exploração dos partidos da direita.
Acção e luta pela valorização do trabalho e dos trabalhadores, pelo aumento dos salários e das pensões, pela eliminação das normas gravosas da legislação laboral, pelo direito à reforma por inteiro e sem penalizações para os trabalhadores com 40 anos de descontos.
Acção e luta que tem já no próximo sábado uma importante expressão de massas com a acção nacional em defesa do SNS convocada pela CGTP-IN e que unirá na luta pelo direito à saúde profissionais do sector, utentes, trabalhadores em geral e população. Uma luta que conhecerá a 30 de Setembro nova expressão pelo direito à habitação, afirmando a sua efectivação com a exigência pelo Estado das responsabilidades que lhe incubem na promoção de habitação pública indispensável para travar a dinâmica especulativa em curso. Acção e luta a partir das empresas e locais de trabalho, contra a precariedade, os lay-off, de que a Autoeuropa é exemplo, que transferem para o Estado o que o capital e os seus lucros devem suportar, a desregulamentação de horários, a exploração em geral.
Acção e luta que se trava num quadro político e mediático preenchido por elementos de diversão, falsas respostas para os problemas reais e concretos, difusão de concepções reaccionárias que se alimentam no acumular de dificuldades face à ausência de soluções para as enfrentar. Um caminho de acção e luta que precisa de enfrentar uma ofensiva ideológica concebida para animar falsas saídas e difundir mistificações programáticas, sejam as associadas a projectos retrógrados, xenófobos e demagógicos, sejam os eivados de um liberalismo que à sombra da parasitação do valor da liberdade transporta em si o germen do seu cerceamento de que o golpe fascista de 1973 no Chile mostra. Uns e outros expressões das falsas soluções que o grande capital e os seus instrumentos animam e que só agravarão o percurso de desigualdades e injustiças ditado pelos interesses dominantes.
Acção e luta inseparáveis do reforço do Partido e da sua organização, da elevação da militância, da responsabilização de novos quadros, do alargamento das fileiras do Partido e da sua ligação às massas. Tarefas de agora e de sempre indispensáveis à acção e iniciativa do Partido e à assumpção do seu papel de vanguarda na defesa e afirmação dos direitos dos trabalhadores e do povo.