Vem de longe a relação solidária e de apoio do PCP à luta dos movimentos de libertação nacional das ex-colónias. Uma relação única que firmou laços sólidos de amizade que perduram até aos dias de hoje.
Razão para que «50 anos do 25 de Abril: das lutas anti-coloniais às lutas dos imigrantes» tenha sido o mote escolhido para a exposição política presente no pavilhão da Imigração, espaço que vem sedimentando a presença do Partido junto dos imigrantes.
O mesmo tema serviu de base ao debate realizado na manhã de sábado, que contou com intervenções de Albano Nunes, Henrique Chaves, Pedro Santarém e Seyne Torres.
Nele se falou da relação antiga do PCP com os movimentos de libertação nacional, da natureza de classe do colonialismo e da necessidade de combater o seu branqueamento pela classe dominante. As razões para que o império colonial português tenha sido o último a desaparecer; a aliança do povo português com os povos das colónias; a posição do PCP quanto à questão colonial, foram outros tantos tópicos desenvolvidos por Albano Nunes.
Descrita com pormenor por Seyne Torres foi a situação dos imigrantes no nosso País, em particular os problemas com que se deparam na integração, bem como a exploração e as discriminações de que são alvo, nomeadamente salariais. Reafirmado foi, por isso – e essa era a palavra de ordem inscrita na maior parede do pavilhão -, o papel central que tem a «unidade da luta organizada com todos os trabalhadores que vivem em Portugal».