Cabeçudos de figuras conhecidas (de Jerónimo de Sousa a Paulo Portas ou António Costa, por exemplo) chamavam os visitantes para a exposição dedicada aos 100 anos do Carnaval de Torres Vedras.

Com ou sem visitas guiadas, ali podia-se ficar a conhecer as tradições seculares e a evolução do Carnaval, a envolvência da comunidade, do povo e das colectividades na sua preparação e concretização e a influência do contexto histórico sobre as celebrações, a maior ou menor liberdade para a sátira política e social, nomeadamente as sérias limitações impostas durante o período fascista.

Episódios da vida nacional também mereceram evidência, destacando-se, entre outros, o episódio, em 1993, quando Cavaco Silva, então primeiro-ministro, decidiu não dar tolerância de ponto no dia de Carnaval.

A exibição de dois filmes ajudava, por um lado, a compreender a evolução da forma como tem sido construído o Carnaval, das origens até aos dias de hoje, mostrando novos materiais e novas técnicas para produzir os cabeçudos. Por outro lado, permitia compreender a tradição da queima do Entrudo.

No local da exposição, foram realizadas actividades que levavam os visitantes a entrarem no espírito carnavalesco, nomeadamente a construção de cabeçudos-fantoches e de um boneco de palha, a decoração de uma coroa com pinturas e colagens ou a recriação de um corso carnavalesco, para o qual os participantes se puderam vestir e maquilhar a rigor.

Como na exposição se referiu, apesar de comemorarem este ano o seu centenário, as tradições carnavalescas são seculares e estão enraizadas no seio do povo de Torres Vedras.