É fundamental juntar forças e vontades para exigir o cumprimento da Constituição, a qual, inseparável da Revolução de Abril e das suas conquistas, constitui uma referência para as soluções que é preciso construir. A ideia foi salientada por Jerónimo de Sousa (do Comité Central do PCP), primeiro orador no debate «Cumprir e fazer cumprir a Constituição», sábado à noite, no Fórum.
Moderado por João Oliveira (da Comissão Política do Comité Central do Partido), contou ainda com intervenções iniciais de Alma Rivera (do CC e deputada), Rui Dinis (médico) e Ana Tarrafa (investigadora). Nos exemplos da Saúde e da Habitação provou-se como o incumprimento da Constituição está na origem dos problemas mais sentidos.
Pelo conteúdo progressista e pela avançada visão do futuro, a Constituição foi referida em vários outros debates no Espaço Central.
O Governo mostra-se empenhado em reduzir o Serviço Nacional de Saúde e favorecer o negócio da doença, acusou Patrícia Machado (da Comissão Política do CC), que moderou o debate «Reforçar o SNS, garantir o acesso à Saúde», no Fórum, sábado à tarde. O apelo à participação na jornada nacional de dia 16 (ver pág. 37) foi reforçado por João Dias (enfermeiro e deputado), André Gomes (médico e dirigente sindical), Isabel Barbosa (enfermeira e dirigente sindical) e Bernardino Soares (do CC).
Igualmente nas ruas se vai exigir, a 30 de Setembro, «Direito à habitação: casas para viver, não para especular» – tema de debate no Auditório, domingo, ao final da manhã, moderado por João Dias Coelho (da Comissão Política do CC). O apoio às manifestações foi reiterado nas intervenções de Inês Fonseca (arquitecta, vereadora da CM Avis), Pedro Massano (economista), Jaime Toga (da Comissão Política do CC) e Lino Paulo (do grupo de trabalho do PCP para as questões da Habitação). Essencial é alterar, com a luta, as opções políticas inerentes a um Estado que serve o poder económico.
Para concretizar o preceito constitucional sobre protecção e desenvolvimento das crianças, há que prosseguir o caminho aberto desde 2020, com a aprovação da proposta do PCP sobre gratuitidade, exigiu-se no debate «Rede pública de creches: direito das crianças, necessidade do País». O tema foi desenvolvido por Margarida Botelho (do Secretariado do Comité Central do PCP), que moderou, Gonçalo Oliveira (da Comissão Política do CC), Bruno Ferreira (psicólogo clínico e dirigente sindical) e Catarina Teixeira (educadora de infância e dirigente sindical, da Comissão Nacional do PCP para as questões da Educação).