MAIS FORÇA E CONFIANÇA NA LUTA QUE CONTINUA

«Festa do Avante, grande êxito político»

A 47.ª edição da Festa do Avante! foi um grande êxito político. Foi uma festa extraordinária, nas suas múltiplas dimensões – política, cultural, desportiva – quer pela massiva e entusiástica presença juvenil, quer pela afirmação do Partido, do seu projecto e propostas para responder aos problemas do País, quer pela significativa dimensão de solidariedade internacionalista que assumiu, quer ainda pelo ambiente geral de tranquilidade, confiança, alegria e combatividade que ali se viveu.

A edição da Festa do Avante! de 2023 foi mais uma vez produto do trabalho dos militantes e das organizações do PCP, da JCP e de muitos amigos do PCP, da JCP e da Festa que numa acção colectiva de grandes dimensões a conceberam, divulgaram, construíram e fizeram funcionar e a quem o Secretário-Geral do PCP, no comício da Festa, dirigiu uma saudação.

Mas para o êxito da Festa contribuíram igualmente o empenho e compromisso dos artistas nos espectáculos, as numerosas delegações internacionais que nela participaram e os milhares de visitantes que a Festa acolheu.

O comício da Festa, no domingo, pelos conteúdos das intervenções – em particular a intervenção do Secretário-geral do Partido –, pela sua grandiosa dimensão, pela força, participação, expressão de compromisso, foi o momento político mais marcante da Festa e um poderoso estímulo ao desenvolvimento da luta de massas pelos salários e os direitos, por uma política que responda aos problemas com que os trabalhadores, o povo e o País estão confrontados.


A Festa do Avante! constituiu-se assim um poderoso estímulo à luta dos trabalhadores e do povo e à dinamização da iniciativa e intervenção do PCP pela resposta aos problemas nacionais, pela ruptura com a política de direita e afirmação de uma política alternativa patriótica e de esquerda.

Na sua intervenção no comício da Festa, o Secretário-Geral do PCP caracterizou os problemas do País, que resultam de uma política que no essencial está ao serviço dos interesses e objectivos dos grupos económicos, opção para a qual converge a acção do Governo PS de maioria absoluta e a intervenção de PSD, CDS, Chega e IL. Insistiu que há um projecto alternativo «que não desiste do País e que sabe que a opção mais estruturante, que determina a evolução da situação económica e as condições de vida, que fixa e atrai profissionais, que estimula o mercado interno e as micro, pequenas e médias empresas, que combate a falta de mão de obra, a emigração como única saída, as injustiças e as desigualdades, a opção que garante o salto qualitativo que o País precisa, é o aumento geral e significativo dos salários».

Por isso, o PCP bater-se-á pelo aumento geral e significativo dos salários para todos os trabalhadores, a valorização das carreiras e profissões e um Salário Mínimo que responda à real situação, bem como o aumento das pensões que assegure a sua valorização, o que impõe um aumento de todas as pensões em 7,5 por cento com um mínimo de 70 euros.

 

Eram milhares e milhares de pessoas que ali estavam para ouvir a opinião do Partido e as suas propostas para combater o aumento do custo de vida, a degradação dos serviços públicos – com destaque para o Serviço Nacional de Saúde –, os problemas com que se inicia o novo ano lectivo; os problemas da habitação, dos transportes, da falta de apoios à produção nacional, entre muitos outros.

Eram milhares e milhares de pessoas que dali saíram com a consciência reforçada da necessidade de desenvolvimento da luta no futuro imediato: a luta dos trabalhadores em torno da acção reivindicativa nas empresas e locais de trabalho; a luta das populações em defesa dos serviços públicos e dos seus direitos, lembrando, desde logo, a importância da jornada nacional em defesa e pelo reforço do SNS convocada pela CGTP-IN para o próximo dia 16 de Setembro.

E, ao mesmo tempo, da necessidade de reforçar o PCP, o Partido ligado à vida, sempre com os trabalhadores e as populações nas suas lutas e que, sempre que se reforça, determina avanços nos seus direitos.

 

Como sublinhou Paulo Raimundo, «com a alegria de sempre, com o entusiasmo da juventude, com a experiência dos mais velhos, com a criatividade dos intelectuais, com o empenho dos micro, pequenos e médios empresários e agricultores, com a coragem dos imigrantes, com a sabedoria do povo e acima de tudo, com a força determinante da classe operária e dos trabalhadores, cá estamos com a serena e profunda convicção de que não há ideal mais belo, mais justo e mais necessário que o nosso, um ideal e um projecto que orienta e mobiliza a construção de uma sociedade nova, a sociedade nova a que o futuro pertence.»

É este o caminho que, com os trabalhadores e o povo, o PCP trilhará. Intensificando a iniciativa, que, com esta Festa, sai reforçada. Pelos direitos, por uma outra política, por um Portugal com futuro.