Luisa González vence primeira volta da eleição presidencial no Equador

A candidata da Revolução Cidadã à presidência da República do Equador, Luisa González, ficou à frente na primeira ronda das eleições mas terá de disputar agora a segunda volta. Na votação para o parlamento, a Revolução Cidadã elegeu o maior grupo de deputados, sem maioria absoluta.

A Revolução Cidadã conquistou 40% dos votos para o Parlamento

Os equatorianos voltam às urnas a 15 de Outubro para escolher, na segunda volta das eleições presidenciais, entre Luisa González, candidata da Revolução Cidadã (RC), de esquerda, e Daniel Noboa, da aliança Acção Democrática Nacional (ADN), de direita.

Na primeira volta, realizada a 20 de Agosto, Luísa González, terminou à frente, com 33,62 por cento dos votos, convertendo-se na primeira mulher, no Equador, a disputar a presidência da República. A candidata do movimento liderado pelo ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) procura levar de novo o país aos dias em que havia segurança e o Equador tinha uma economia estável, com saúde, educação e desenvolvimento social.

Por sua parte, Noboa – empresário, de 35 anos, pertencente a uma das famílias mais ricas do Equador – chegou, ao contrário do que indicavam as sondagens, ao segundo lugar da corrida eleitoral, com 23,43 por cento dos votos.

A jornada eleitoral do dia 20 terminou com a ida às urnas de 82,26 por cento do eleitorado. Após a divulgação dos resultados, ainda incompletos, Rafael Correa, declarou que, a 15 de Outubro, serão dois modelos diferentes a enfrentar-se nas urnas: o popular e cidadão, da RC, e o empresarial, representado pelo candidato da ADN. Insistiu que o projecto da RC visa a igualdade e o progresso social, como o que prevaleceu durante a década em que esteve à frente da governação do Equador.

Por seu turno, Luisa González disse que agora começa uma história diferente, com fé, esperança e optimismo, uma Pátria de dias melhores, de dignidade para todo o povo. «Devemos votar bem, com consciência, não queremos um Lasso 2.0. Necessitamos de recuperar o país», asseverou, numa referência ao presidente cessante, Guilherme Lasso, um ex-banqueiro.

Embora os resultados definitivos não tenham ainda sido apurados, confirma-se que a RC será a maior força na nova Assembleia Nacional do Equador. Na votação para o parlamento, a RC conseguiu 39,7 por cento dos votos, seguida do movimento Construir (20,66 por cento), da ADN (14,67 por cento) e do Partido Social Cristão (11,83 por cento). A RC conseguiu eleger 57 dos 137 deputados.

 

Bernardo Arévalo
eleito na Guatemala

Na Guatemala, na segunda volta das eleições presidenciais, realizada no dia 20, Bernardo Arévalo, do movimento Semente, venceu com grande vantagem sobre a sua opositora, de direita.

O académico e sociólogo, de 64 anos, referenciado como sendo do centro-esquerda, obteve 58,01 por cento dos votos, uma percentagem de mais de 20 pontos em relação à de Sandra Torres, que conseguiu 37,24 por cento.

A taxa de participação foi de 45,10 por cento dos eleitores inscritos.

O presidente da República cessante, Alejandro Giammattei, felicitou o vencedor e colocou-se à disposição para a transição presidencial, que culminará a 14 de Janeiro de 2024, com a posse do novo chefe do Estado.




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