Empresa Metropolitana no Porto não servirá população
Face ao recente anúncio da criação de uma empresa metropolitana de transportes na região do Porto, o PCP reafirmou, no dia 1, a importância de uma política de mobilidade e de coordenação de transportes na Área Metropolitana do Porto (AMP) que sirva os interesses e necessidades da população.
A criação de uma empresa metropolitana é passo no caminho da privatização
O Conselho Metropolitano do Porto aprovou, no dia 28 de Julho, a criação de uma «Empresa Metropolitana de Transportes». Para a Direcção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP, este anúncio revela um «Conselho Metropolitano perdido em esquemas e equilíbrios de poder» e é uma «peça de uma caminho que visa a entrega a privados da operação rodoviária de transportes».
Segundo o anúncio do conselho, a nova empresa integrará a TIP – Transportes Intermodais do Porto, mas não foi adiantada qualquer tipo de informação sobre as actividades concretas que desenvolverá, se coordenará as operações em função das necessidades das populações ou se permitirá contrariar o aprofundamento da privatização do transporte rodoviário na AMP.
Para o PCP, este processo, para além de revelar a impreparação e incompetência dos órgãos metropolitanos, evidencia a convergência das forças políticas que presidem às várias câmaras da AMP. Sobre a mobilidade regional, a organização regional comunista afirma também que não é possível «tratar à peça, o que tem de ser articulado e coordenado».
Ao contrário do rumo até agora percorrido, para os comunistas portuenses é necessário um caminho que defina a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) como o operador interno da AMP, a calendarização do seu alargamento faseado aos restantes concelhos da área, substituindo os operadores privados, à medida que tenha condições para assegurar um serviço de qualidade. De mesma forma é necessário assumir medidas de defesa e salvaguarda dos postos de trabalho das empresas privadas, com prioridade à contratação destes motoristas para a STCP. A calendarização da construção das novas linhas de metro do Porto é igualmente necessária.