1 de Setembro, sexta-feira
Paredes Pintadas da Revolução Portuguesa
1976 · Portugal · DOC · 9’
António Campos
No seguimento da Revolução de 25 de Abril de 1974, as paredes e muros da cidade de Lisboa tornaram-se meio para celebrar e transmitir os ideais e palavras de ordem revolucionários. O texto do pintor António Domingues exalta esta obra plástica iniciada pela Célula dos Artistas Plásticos do Partido Comunista Português.
As desventuras do Drácula von Barreto em terras da Reforma Agrária
1977 · Portugal · FIC · 7’
Célula de Cinema do Partido Comunista Português
Realizado no âmbito de sessões de divulgação e esclarecimento sobre o trabalho do cinema desenvolvidas pela Célula de Cinema do PCP, o filme é uma sátira ao modo como era encarada a Reforma Agrária.
Cravos de Abril
1976, FIC, 27’
Ricardo Costa
Aquela que é a última revolução do séc. XX na Europa, ficou conhecida como a «Revolução dos Cravos». Em vez de 'um banho de sangue' que muitos recearam ser o fim do antigo regime, as armas «calaram-se» com cravos e a forte adesão popular refreou qualquer tentativa de reacção do anterior regime. Este documentário relembra-nos esses dias de festa, essa revolução dos cravos.
Sonhos de uma Revolução
2023 · PT · DOC, FIC · 12’
Pedro Neves
A estrada de Inhaminga, em Moçambique, é povoada de fantasmas que vagueiam na escuridão. As balas calaram-se há quase meio século, mas ainda se ouve o eco da guerra colonial. «Sonhos de uma Revolução» deambula por esse território e pelas memórias traumáticas de uma revolução por cumprir.
2 de Setembro, sábado
Sopa Fria
2023 · PT, FR · ANI · 9’
Marta Monteiro
Uma mulher sem rosto, vítima de violência doméstica. Ela recorda os anos em que viveu isolada e enclausurada num casamento por causa dos três filhos, da dependência económica e da indiferença e normatividade conservadora de uma sociedade que ignorou ou desvalorizou os seus desabafos e manifestações de desespero.
Natureza Humana
2023 · PT, DE · FIC · 25’
Mónica Lima
Num apartamento de uma cidade em confinamento, um dia expande-se entre o início da primavera e o fim do verão. Um casal vive um desencontro. Enquanto Alba procura no interior da casa um sentimento de optimismo, Xavier evade-se no jardim, onde se dedica a uma horta. Aí faz amizade com uma criança, que acorda nele o alento, mas também os maiores fantasmas.
Great Yarmouth - Provisional Figures
2023 · PT, FR, UK · FIC · 113’
Marco Martins
Outubro de 2019, Great Yarmouth, Norfolk (Reino Unido). Três meses antes do Brexit. Centenas de imigrantes portugueses continuam a chegar a esta vila costeira semi-abandonada, outrora um destino balnear de eleição para a classe trabalhadora Inglesa, em busca de uma vida melhor. Tânia (aka Mãe dos Portugueses), antiga trabalhadora das fábricas, está agora casada com um inglês e lidera uma rede de contratação de mão-de-obra barata vinda de Portugal para trabalhar nas fábricas de peru da região. Numa região com uma das taxas mais altas de desemprego do Reino Unido (onde o voto LEAVE teve mais de 70%) Tânia vive da exploração dos emigrantes que instala nos decadentes hotéis da marginal (pertencentes ao pai do seu marido) na esperança de um dia vir a adquirir cidadania inglesa e deixar o negócio de alojamento dos imigrantes, transformando os hotéis do seu marido em residências para cidadãos seniores.
3 de Setembro, domingo
Quase me lembro
2023 · PT · ANI · 9’
Miguel Lima, Dimitri Mihajlovic
Uma mulher deambula entre a impermanência das suas memórias de infância, fazendo perguntas para as quais não encontra respostas, numa tentativa de reconstruir a história da casa onde viveu o seu avô. Sempre num plano subjetivo angustiante, os objetos e fragmentos sonoros vão apontando para o trauma colonial.
Entre Ilhas
2022 · PT · DOC · 76’
Amaya Sumpsi
«Entre Ilhas» é um filme-viagem sensorial pelo arquipélago dos Açores e pelas memórias dos seus habitantes que nos transporta a uma época em que os barcos comandavam a vida deste remoto lugar, pois só a bordo deles é que era possível partir da ilha e voltar a ela. Como era a vida neste recanto do Oceano Atlântico quando o mar era a única estrada possível e o apito do barco o único relógio a marcar a existência de um mundo que nunca tinha sido visto?