«Escalada provocatória» dos EUA em Guantánamo

O governo cubano denunciou a passagem de um submarino de propulsão nuclear norte-americano pela base naval de Guantánamo, que os EUA têm instalada há mais de 120 anos na zona oriental de Cuba. Trata-se de uma «escalada provocatória» de Washington, considera Havana.

Submarino de propulsão nuclear norte-americano passou pela base naval de Guantánamo

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (Minrex) de Cuba rejeitou a presença de um submarino de propulsão nuclear na base naval dos Estados Unidos da América (EUA) localizada na baía de Guantánamo. O Minrex revelou que o submarino norte-americano permaneceu na base de 5 a 8 de Julho, o que constitui uma «escalada provocatória» dos EUA.

«A presença ali de um submarino nuclear neste momento obriga a questionar a razão militar deste facto nesta região pacífica do mundo, contra que objectivo se dirige e que propósito estratégico persegue», realça a declaração.

O texto recorda que os 33 países da região subscreveram, em Havana, em 2014, a Declaração da América Latina e das Caraíbas como Zona de Paz.

Uma ameaça para a soberania e os interesses dos povos latino-americanos e caribenhos, os EUA estabeleceram mais de 70 bases militares na região, com diverso grau de permanência, mais outras formas operacionais de presença militar. E comandos militares norte-americanos têm-se referido publicamente à intenção de usar o seu poderio bélico para assegurar as ambições de controlo, por parte dos EUA, sobre os recursos naturais da América Latina e das Caraíbas.

O Minrex, ao reiterar a rejeição da presença militar norte-americana em Cuba e a exigência de que se devolva o território ilegalmente ocupado na província de Guantánamo, no oriente cubano, adverte para o perigo que acarreta a circulação de submarinos nucleares dos EUA na região das Caraíbas.

A base militar dos EUA em Guantánamo ocupa 117 quilómetros quadrados e foi instalada há 121 anos, existindo contra a vontade do povo cubano e como remanescente colonial da ilegítima ocupação militar de Cuba iniciada em 1898, após a intervenção expansionista norte-americana na guerra de independência dos cubanos contra o poder colonial espanhol.

Nas últimas décadas, a base militar norte-americana serviu de centro de detenção, tortura e violação dos direitos humanos de dezenas de detidos oriundos de diversos países.

 

 



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