Produção de sal figueirense é património cultural
A produção de sal na Figueira da Foz, que remonta ao século XII e cuja recolha é inteiramente feita à mão, segundo técnicas ancestrais, foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. O anúncio foi feito pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) no dia 12.
O comunicado emitido pela DGPC afirma que, actualmente, existem 37 detentores deste saber no activo. «Homens e mulheres quase todos residentes nas freguesias de Lavos e Vila Verde, locais com fortes raízes na produção de sal marinho tradicional, sendo que a maioria dos marnoteiros é propriedade da respectiva marinha», lê-se.
De acordo com a Direcção-geral, apesar de ter princípios comuns nas diversas regiões produtoras de Portugal (Aveiro, Figueira da Foz, Tejo, Sado e Algarve), a produção artesanal de sal marinho assume características marcadamente regionais, o que se pode verificar no traçado das marinhas (salinas) e nas técnicas e práticas dos marnotos, que se diferenciam em função das condições ambientais.