Direita na Grécia com maioria absoluta
Na Grécia, o partido conservador Nova Democracia, do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, venceu as eleições legislativas de 25 de Junho, o que com a atribuição acrescida de mais 50 deputados, para além dos eleitos pelo voto – desvirtuando a proporcionalidade na representação eleitoral – lhe permitiu formar um novo governo, sem alianças, já em funções.
Para além do mais, na Grécia é imposto um limiar de 3% de votos para aceder à eleição de deputados para o parlamento, o que perverte ainda mais a proporcionalidade do sistema eleitoral.
Desde a grave crise económica de 2010, foi a primeira vez que um primeiro-ministro conseguiu ser reeleito após um mandato de quatro anos.
Numa eleição com a participação de 52,78% dos votantes, a Nova Democracia obteve 40,56% dos votos e 158 lugares dos 300 do parlamento grego.
Atrás, ficou a Coligação da Esquerda Radical (Syriza), com 17,83% dos votos (48 deputados). Seguiu-se, em terceiro lugar, o Partido Socialista Pan-helénico (Pazok), com 11,86% (32 deputados).
O Partido Comunista da Grécia conquistou 7,68% dos votos (20 deputados), sendo a quarta força parlamentar.
Nas posições seguintes ficaram as formações de extrema-direita Espartanos, com 4,65% (12 deputados), a Solução Grega com 4,44% (12 deputados) e o Movimento Patriótico Democrático – Vitória com 3,69% (10 deputados).