O dinamismo da Exposição Universal de 1937 reforça o desejo de afirmar Paris como a capital das artes e abre caminho ao projecto de uma Cidade Internacional das Artes, alimentado desde os anos 1950 pelo casal Félix Brunau e Simone Brunau, que sonha criar um espaço aberto aos artistas de todo o mundo. Com o apoio da Câmara de Paris, do Estado, da Academia de Belas Artes e de mais de 135 parceiros franceses e internacionais, nasce a Fundação reconhecida de utilidade pública, que se instala em Marais, antigo bairro residencial da nobreza parisiense situado na margem Norte do Sena e bem conhecido pela sua diversificada oferta cultural. Nos anos 1970, a Cidade Internacional das Artes cresce até Montmartre, num
edifício paredes meias com o Sacré-Coeur. Os espaços para
residência de artistas aumentam, estimando-se que desde o
início da Fundação até hoje tenham albergado mais de 25 000 artistas de todo o mundo, que trouxeram à capital francesa os seus projectos e as suas vivências. A Cidade Internacional das Artes dispõe de 8 estúdios de ensaios e um auditório disponíveis diariamente das 10h à meia noite, ao serviço de profissionais e amadores, associações, companhias..., e abertos a todas as disciplinas, da música à dança, do teatro a cursos de formação.