Trabalhadores na Bélgica em defesa dos direitos

Milhares de trabalhadores mobilizaram-se em Bruxelas, no dia 22 de Maio, em defesa dos direitos à greve e de manifestação, ameaçados pelo governo e patronato. Segundo os sindicatos, participaram na marcha cerca de 25 mil pessoas.

Na Bélgica luta-se em defesa do direito à greve

Mobilizados pela Federação Geral do Trabalho da Bélgica (FGTB), milhares de trabalhadores saíram à rua na capital belga para manifestar-se em defesa das liberdades sindicais e denunciar todas as formas de «dumping social» no país.

Os manifestantes exibiram cartazes contra a Delhaize – uma das maiores cadeias de supermercados na Bélgica –, que anunciou, em Março, a intenção de transformar em franchises 128 lojas no país, de acordo com a agência noticiosa EFE.

Os trabalhadores belgas, segundo os sindicatos, estão preocupados com o futuro, temendo que este modelo de exploração se torne permanente no contexto do comércio belga, levando à destruição de postos de trabalho e à deterioração das condições laborais.

Outro objectivo da manifestação foi o de denunciar as medidas adoptadas pela referida empresa para pôr fim à greve dos seus trabalhadores: proibição de piquetes e recurso a tribunais e à polícia.

Centrais sindicais classificaram aquilo que se tem estado a passar na cadeia de supermercados como «graves ataques» ao direito à greve.

Tanto a FGTB como o Partido do Trabalho da Bélgica (PTB) têm denunciado a lógica «autoritária, repressiva e liberticida» do governo belga, que procura «amordaçar cada vez mais toda a forma de contestação social», inclusivamente proibindo o direito à greve e de manifestação, o que os trabalhadores e as forças progressistas jamais aceitarão.

 



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