- Nº 2582 (2023/05/25)

Comissão de inquérito à TAP

Assembleia da República

O PCP entende que há «esclarecimentos a prestar sobre o recurso pelo Governo aos serviços de informações, mas defende que devem ser feitos em «sede própria» e não podem substituir-se ao assunto da comissão de inquérito à TAP.

«Há um conjunto de situações que nos estão relatadas sobre o recurso aos serviços de informações da República Portuguesa, neste contexto em que o ministério das Infra-estruturas se vê colocado e as pessoas ligadas ao gabinete do ministério se vêem colocadas, que exige seguramente um conjunto de esclarecimentos cabais», argumentou o deputado comunista Bruno Dias, dia 19, em declarações aos jornalistas no Parlamento. Todavia, sublinhou, existe uma «sede própria» para discutir as «questões sobre o funcionamento e a tutela política sobre os serviços de informações».

Para Bruno Dias, «a preocupação que se deve colocar nesta fase é de que haja um debate consequente, não relativamente à agenda político-mediática que vai marcando cada hora e minuto mas em relação às questões que verdadeiramente devem preocupar» o país quanto ao futuro da TAP. Nesse sentido, esclareceu, o foco do PCP, desde o início dos trabalhos da comissão de inquérito à TAP, tem sido o de «discutir a TAP na comissão de inquérito à TAP» e «questionar as opções políticas e estratégicas para o futuro» da companhia aérea.

Lamentou por isso que, «enquanto nós discutimos estes problemas e estes escândalos do ministério das Infra-estruturas, o Governo vai andando em frente com a privatização da TAP».