A 11 de Maio, dia em que Fernanda Lapa faria 80 anos (1943-2020), o Movimento Democrático de Mulheres (MDM) solicitou ao presidente da Câmara Municipal de Lisboa uma reunião para apresentação de um dossier com a proposta de que seja atribuída a uma artéria da cidade de Lisboa o nome da actriz, encenadora e professora, conselheira nacional do MDM, fundadora e directora artística da Escola de Mulheres.

Em comunicado, o MDM reafirma Fernanda Lapa como um «valor da cultura portuguesa», onde «se insere a nossa identidade feminina de raiz popular». É, portanto, «um grande exemplo de tenacidade e coragem, de imaginação e criatividade», uma «impulsionadora», um «estímulo para muitas mulheres neste quotidiano incerto, onde a única certeza é de que só com muito empenhamento e motivação conquistaremos o que desejamos».

Ainda segundo o movimento, Fernanda Lapa «conjuga com amor e alegria a vida artística e a vida familiar e pessoal. Dá ternura e inteligência à vida cívica e social. Vive com intensidade e paixão a vida política», sendo uma mulher «extraordinária, incansável na luta pela igualdade e democratização da cultura», de «coragem, sempre em defesa do “lugar de corpo inteiro” para as mulheres do Teatro», «militantemente empenhada na luta pelo progresso e emancipação das mulheres, e do povo do seu País».