Venezuela denuncia saque dos EUA contra empresas e recursos nacionais

O presidente venezuelano Nicolas Maduro qualificou como um dos maiores saques contra qualquer país do mundo a decisão dos EUA, através de uma decisão do seu Departamento do Tesouro, de roubar a empresa Citgo Petroleum Corporation, filial norte-americana da petrolífera venezuelana PDVSA. Foi por isso, denunciou dia 4 em Caracas, que Juan Guaidó fugiu do país, «para coordenar no exterior o roubo da empresa Citgo».

O chefe de Estado venezuelano garantiu que, com essa decisão, os EUA roubaram um dos principais activos da Venezuela, que pertence aos venezuelanos e não a um punhado de partidos, reunidos na autodenominada Plataforma Unitária. A Citgo, acrescentou, é uma «empresa poderosa», que tem actualmente três refinarias, além de possuir mais de 10 mil estações de abastecimento de gasolina e gasóleo nos EUA e, ainda, áreas de armazenamento de combustível e um porto.

De acordo com as últimas estimativas norte-americanas, a empresa está avaliada em mais de 13 mil milhões de dólares e gera aproximadamente à volta de mil milhões de dólares por ano. Essas verbas devem ser entregues ao seu único proprietário legítimo, a empresa estatal Petróleos de Venezuela, que «é o seu único dono, não há outro», realçou o presidente venezuelano.

«Numa acção ilegal, imoral, em pleno século XXI, o flibusteirismo, a pirataria, o roubo, o saque, como nos velhos tempos coloniais, não têm explicação», enfatizou, ao recordar como se congelaram e roubaram também mais de 20 mil milhões de dólares depositados pela Venezuela em contas bancárias por todo o mundo.

Já no dia 1, o governo bolivariano tinha sublinhado que qualquer transacção celebrada ao abrigo desta decisão dos EUA «é nula e ilegal nos termos da legislação venezuelana e do Direito Internacional», pelo que não será reconhecida pelas autoridades de Caracas. «A República Bolivariana da Venezuela reserva-se o direito de adoptar todas as medidas legais ao seu alcance para evitar esta nova agressão e determinar as correspondentes responsabilidades penais, dentro e fora do nosso território», prossegue, reiterando o compromisso de «defender os direitos de todo o povo venezuelano».




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