A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acusa Manuel Pizarro de fugir a compromissos, pese embora os avanços registados na reunião ocorrida a 24 de Abril. Em nota de balanço, a FNAM valoriza o facto de o ministro da Saúde ter manifestado intenção de rever as grelhas salariais, valorizar os suplementos remuneratórios associados a um regime de dedicação e ao desempenho, questões fundamentais que têm obstaculizado a atracção e manutenção de profissionais no SNS com os efeitos que se conhecem. Todavia, critica a falta de compromisso concreto e de respostas da tutela às propostas enviadas, bem como «a insistência em manter concursos directos, ainda que menos burocráticos», já que estes «têm o efeito negativo de excluir especialidades importantes».

A FNAM também não aceita «a exclusão da Saúde Pública como uma prioridade nacional» e está contra a abolição «dos concursos nacionais para médicos recém-especialistas», sustentando que tal é fundamental «para garantir uma visão e uma estratégia global para o SNS».