DAR RESPOSTA AOS PROBLEMAS DO PAÍS

«Com­bater as in­jus­tiças»

Pros­segue, com con­sequên­cias ne­ga­tivas na vida dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País, uma po­lí­tica ca­rac­te­ri­zada pela au­sência de res­posta aos graves pro­blemas com que estes se vêem con­fron­tados.

De facto, as op­ções do Go­verno do PS de mai­oria ab­so­luta – in­dis­so­ciá­veis das que são par­ti­lhadas por PSD, CDS, Chega e IL, nas ques­tões es­sen­ciais – são res­pon­sá­veis pelo agra­va­mento das in­jus­tiças e de­si­gual­dades so­ciais em con­sequência, por um lado, da des­va­lo­ri­zação dos sa­lá­rios e pen­sões e, por outro lado, da acu­mu­lação dos lu­cros fa­bu­losos por parte dos grupos eco­nó­micos e das mul­ti­na­ci­o­nais.

De facto, os preços dos ali­mentos, da energia, da ha­bi­tação, da saúde, das co­mu­ni­ca­ções, das taxas e co­mis­sões ban­cá­rias, entre ou­tros, con­ti­nuam a subir, le­vando a que as con­di­ções de vida de mi­lhões de por­tu­gueses se con­ti­nuem a de­gradar, com uma acen­tuada perda do seu poder de compra e o con­se­quente au­mento da po­breza e das si­tu­a­ções de pri­vação de acesso a bens e ser­viços es­sen­ciais, como é o caso da ha­bi­tação e da saúde.

É neste con­texto que se tem vindo a de­sen­volver o tra­balho da Co­missão Par­la­mentar de Inqué­rito (CPI) à TAP que, apesar da opo­sição do PS e do BE em alargar o seu âm­bito, vi­eram con­firmar os pre­juízos para o País dos com­por­ta­mentos pro­mís­cuos de PS e PSD com o poder eco­nó­mico. São graves as si­tu­a­ções que nos úl­timos dias vi­eram a pú­blico, tanto sobre os acordos se­cretos entre o Go­verno do PSD/​CDS e os ca­pi­ta­listas que com­praram a TAP com di­nheiro da pró­pria TAP, bem como sobre a forma como o Go­verno PS tratou a TAP como se de uma em­presa pri­vada se tra­tasse. Con­firmam também que o PCP tinha razão quando de­fendeu o alar­ga­mento do âm­bito da Co­missão de Inqué­rito à pri­va­ti­zação da TAP em 2015. Muitas têm sido as vozes a mos­trarem in­dig­nação com o que tem sido re­ve­lado na CPI em re­lação à TAP. Mas mais do que a de­missão de mi­nis­tros ou ou­tros res­pon­sá­veis, o que se impõe, acau­te­lando o in­te­resse na­ci­onal, é travar a sua pri­va­ti­zação. É ga­rantir o con­trolo pú­blico desta em­presa e co­locá-la ao ser­viço do País. É mudar de po­lí­tica, de­fen­dendo e va­lo­ri­zando as em­presas pú­blicas, os di­reitos dos tra­ba­lha­dores, os sec­tores es­tra­té­gicos da eco­nomia na­ci­onal.

 

Por mais ma­no­bras, si­len­ci­a­mento e de­tur­pa­ções que façam, a re­a­li­dade está a evi­den­ciar que o PCP é a ver­da­deira opo­sição ao Go­verno do PS de mai­oria ab­so­luta e à po­lí­tica de di­reita que este está a con­cre­tizar. É a força que faz frente e não ali­menta os pro­jectos re­ac­ci­o­ná­rios e an­ti­de­mo­crá­ticos de PSD, CDS, Chega e IL. E é também a força por­ta­dora da po­lí­tica al­ter­na­tiva com as so­lu­ções e as res­postas ne­ces­sá­rias ao País.

É essa exi­gência de res­postas aos pro­blemas que per­corre também a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo em de­fesa dos seus di­reitos e as­pi­ra­ções, por me­lhores con­di­ções de vida, em torno da acção rei­vin­di­ca­tiva, pelo au­mento dos sa­lá­rios e pen­sões, em de­fesa dos ser­viços pú­blicos, pela afir­mação dos va­lores de Abril e de exi­gência de so­lu­ções para uma vida me­lhor.

Exi­gência de res­postas e mu­dança que terá nas co­me­mo­ra­ções po­pu­lares do 25 de Abril e na jor­nada de luta do 1.º de Maio, uma grande ex­pressão da con­ver­gência da luta de todos os tra­ba­lha­dores e das massas po­pu­lares.

 

Entre­tanto pros­segue a in­ter­venção po­lí­tica do Par­tido, de­sig­na­da­mente a acção na­ci­onal «mais força aos tra­ba­lha­dores», que se de­sen­volve a partir dos seus pro­blemas, di­reitos e as­pi­ra­ções, na di­na­mi­zação da sua or­ga­ni­zação e luta contra a ex­plo­ração e o em­po­bre­ci­mento. In­ten­si­fica-se ainda a cam­panha contra o au­mento do custo de vida, pelo au­mento geral dos sa­lá­rios e das pen­sões, pelo di­reito à ha­bi­tação, no­me­a­da­mente com a re­a­li­zação do En­contro Na­ci­onal do PCP sobre a Ha­bi­tação, no pró­ximo sá­bado, em Lisboa, com a par­ti­ci­pação do Se­cre­tário-geral do PCP. In­ten­si­fica-se também o apoio em de­fesa do SNS, da es­cola e dos trans­portes pú­blicos, bem como a re­a­li­zação de con­tactos di­versos, de que são exem­plos os en­con­tros com a Con­fe­de­ração das MPME e com a Con­fagri.

É também nesta in­tensa in­ter­venção que se ins­creve a pre­pa­ração da Festa do Avante!, mar­cada para 1, 2 e 3 de Se­tembro, com a re­a­li­zação esta se­mana de uma acção por todo o País de di­vul­gação e va­lo­ri­zação da Festa.

Toda uma re­a­li­dade que re­clama um Par­tido mais forte e em que é pre­ciso dar pri­o­ri­dade à res­pon­sa­bi­li­zação e for­mação de qua­dros, à in­ten­si­fi­cação do re­cru­ta­mento e da in­te­gração de novos mi­li­tantes no âm­bito da cam­panha de re­cru­ta­mento «O fu­turo tem Par­tido», que está a en­trar nas úl­timas se­manas de con­cre­ti­zação e à qual há que dar uma es­pe­cial atenção.

 

E, assim, am­pli­ando a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo, alar­gando a con­ver­gência dos de­mo­cratas e pa­tri­otas e re­for­çando a in­fluência so­cial e po­lí­tica do PCP, avança-se na cons­trução da al­ter­na­tiva que se mostra im­pres­cin­dível para en­frentar as in­jus­tiças, dar res­posta aos pro­blemas e as­pi­ra­ções dos tra­ba­lha­dores e do povo e pro­mover o de­sen­vol­vi­mento do País.