Um conjunto de estruturas sindicais do sector público dos transportes decidiu pedir a intervenção do primeiro-ministro, perante a degradação dos serviços e a desvalorização salarial.
Para além do pedido de reunião, que ia ser entregue esta manhã, as organizações de trabalhadores da CP, IP Infra-estruturas, IP Telecom, IP Património, IP Engenharia, Metropolitano de Lisboa, Transtejo e Soflusa convocaram uma concentração, em Lisboa, no dia 5 de Abril, para a aprovação de uma posição conjunta que deverá ser entregue, de seguida, ao primeiro-ministro.
Os representantes dos trabalhadores decidiram avançar com as duas iniciativas depois de confrontados com a incapacidade de construir processos de negociação evolutivos, por parte dos ministros que tutelam estas empresas. As estruturas sindicais afirmam que, até agora, não foi possível encontrar soluções que respondam à necessidade de melhorar os serviços públicos prestados aos portugueses. Impõe-se, de igual forma, a valorização dos salários e das condições de trabalho dos que asseguram o funcionamento destas empresas essenciais.
Segundo um comunicado conjunto divulgado no final da semana passada, as poucas e insuficientes actualizações remuneratórias têm provocado, desde 2009, uma desvalorização salarial, levando a que o salário médio se aproxime cada vez mais do salário mínimo nacional. A desvalorização acentuou-se, mais recentemente, com o aumento do custo de vida e o aumento das taxas de juro do crédito à habitação.
Os sindicatos alertam para a dificuldade de contratação de novos trabalhadores, uma preocupação central e um dos motivos por trás da degradação dos serviços prestados.
Entre as mais de duas dezenas de estruturas que assinam o comunicado estão a Federação Nacional dos Sindicatos de Transportes e Comunicações e a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, da CGTP-IN.
Infantário da TAP
Os sindicatos representativos dos trabalhadores do Grupo TAP decidiram pedir uma reunião ao futuro presidente executivo da transportadora, para exigir a manutenção do infantário da companhia aérea.
Numa reunião promovida pela administração da empresa, na qual participaram o SITAVA e outras estruturas, foi anunciado que o infantário encerraria no dia 1 de Agosto e que outros dois infantários, localizados no exterior, iriam receber as crianças dos trabalhadores. Isto, como referem os sindicatos, num comunicado citado dia 17 pela agência Lusa, não cumpre o que estabelecem vários acordos de empresa.
Os sindicatos propõem que as obras de requalificação se iniciem imediatamente, de maneira a que as crianças possam regressar às instalações remodeladas o mais brevemente possível.