«Todos a Lisboa» no dia 18 parte dos combates comuns
O aumento geral dos salários e das pensões, como emergência nacional, é a reivindicação prioritária da CGTP-IN, para a manifestação nacional de 18 de Março, e é a exigência maior em empresas e sectores.
A redução do poder de compra dos salários não é uma fatalidade
«É tempo de agir e unir todo o descontentamento», salienta-se no manifesto editado pela confederação e que está a ser distribuído no quadro da mobilização dos trabalhadores. A união dos motivos de protesto tem destaque, no documento, retomando as principais linhas reivindicativas comuns: aumento dos salários em, pelo menos, dez por cento, assegurando o mínimo de 100 euros; valorização das carreiras e profissões; salário mínimo nacional de 850 euros, com referência a Janeiro deste ano; efectivação do direito de contratação colectiva; semana de 35 horas para todos e combate à desregulação dos horários de trabalho; erradicação da precariedade; revogação das normas gravosas da legislação laboral; aumento de todas as pensões e reformas, para repor o poder de compra e garantir valorização; defesa e reforço dos serviços públicos e funções sociais do Estado, desde logo, a Educação, a Saúde e a habitação.
«Vamos à luta» contra o aumento do custo de vida e para combater a exploração, apela a Intersindical Nacional, que acusa: «O Governo insiste em não responder aos problemas, não regula os preços de bens essenciais, promove a perda de poder de compra dos salários».
Para sábado, dia 18, em Lisboa, estão marcadas duas concentrações iniciais, às 15 horas: no Saldanha (trabalhadores do sector privado) e nas Amoreiras (Administração Pública).
Greve dia 17
A par da mobilização para a manifestação nacional, os trabalhadores da Administração Pública central, regional e local vão fazer greve no dia 17, sexta-feira, convocada pela Frente Comum de Sindicatos.
«Só durante 2022, os trabalhadores perderam o equivalente a um mês de salário», afirma a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais. Mas, «se recuarmos a 2009, perdemos, em média, três salários por ano». No folheto que expõe as razões para estes dois dias de luta, assinala-se o contraste com a acumulação de «lucros escandalosos por parte dos grandes grupos económicos», concluindo que, «afinal, o dinheiro que pagamos a mais em bens alimentares, energia, crédito à habitação, etc., vai para algum lado».